No segundo trimestre de 2024 (2T24), o cenário para o e-commerce brasileiro se apresenta desafiador, com as principais varejistas do setor enfrentando a necessidade de equilibrar crescimento e rentabilidade. As expectativas para o Grupo Casas Bahia (BHIA3) e Magazine Luiza (MGLU3) indicam uma fase de ajustes e reestruturações, refletindo as complexas condições econômicas atuais. A seguir, vamos explorar o que esperar dos resultados financeiros dessas duas importantes empresas, que divulgarão suas performance em breve.

A questão central que domina o e-commerce no 2T24 é como lidar com o dilema entre crescimento e rentabilidade. O Grupo Casas Bahia e o Magazine Luiza estão se adaptando a um ambiente econômico difícil, buscando estratégias para superar desafios e melhorar suas performances financeiras. A recuperação das empresas é uma prioridade, mas cada uma está adotando uma abordagem distinta para atingir seus objetivos.

O Magazine Luiza, uma das maiores varejistas do Brasil, é esperado para reportar uma melhoria em seu desempenho financeiro no 2T24. De acordo com as projeções da XP, a empresa deverá apresentar um crescimento no GMV (Volume Bruto de Mercadorias) de 4%, impulsionado principalmente pelo bom desempenho do canal físico (+9%) e pelo marketplace (+6% ano a ano). A margem bruta está prevista para aumentar 170 pontos-base, refletindo uma gestão mais eficiente dos canais e a adaptação ao DIFAL (Diferencial de Alíquota).

  • BBI: Espera que o Magazine Luiza mostre melhorias graduais tanto nas vendas quanto nos resultados operacionais, com lucro líquido estimado em R$ 25 milhões.
  • BBA: Destaca as tendências positivas no varejo físico e um aumento significativo na margem Ebitda, projetando uma elevação para 7,6%.
  • Safra: Estima vendas de R$ 8,9 bilhões, com crescimento notável no marketplace e no canal físico. A previsão é de um Ebitda total de R$ 700 milhões e um prejuízo líquido reduzido para apenas R$ 6 milhões, evidenciando uma recuperação operacional significativa.

Para o Grupo Casas Bahia, a expectativa para o 2T24 é menos otimista. A XP projeta uma queda de 15% no GMV total, refletindo um desempenho fraco do estoque próprio e ajustes contínuos. Apesar disso, há sinais de que as margens brutas começarão a melhorar, com uma expansão prevista de 200 pontos-base. O prejuízo líquido estimado para o trimestre é de R$ 225 milhões, evidenciando as dificuldades em superar as adversidades econômicas e operacionais.

  • Bradesco BBI: Acredita que o Grupo Casas Bahia continuará focado na eliminação de vendas não lucrativas, o que deverá resultar em uma contração de 15% nas vendas, mas com uma melhoria na margem bruta.
  • Safra: Preveem uma queda de 14% na receita líquida, embora com uma melhoria na margem bruta e um prejuízo líquido de R$ 265 milhões. O Grupo deve se beneficiar de uma redução de 10 dias no ciclo de caixa devido a ajustes no estoque.