Na última terça-feira (23), a campanha de Donald Trump apresentou uma queixa formal à Comissão Eleitoral Federal (FEC), alegando que Joe Biden e Kamala Harris infringiram as normas estabelecidas para o financiamento de campanhas eleitorais. A queixa alega que os dois políticos violaram as regras ao transferirem fundos de campanha de Biden para o novo comitê de Harris, denominado “Harris para Presidente”. A alegação de Trump é que essa movimentação financeira não é legal sob as regras atuais, e que Biden e Harris não seguiram os procedimentos corretos para essa transição de recursos.

A queixa ocorre após uma mudança significativa no comitê de campanha de Biden. No domingo, a equipe de Biden alterou o nome do comitê para “Harris para Presidente”. Esta alteração seguiu o anúncio de Biden de que ele não concorrerá à reeleição. A mudança de nome foi feita de forma estratégica, preparando o terreno para a candidatura de Harris, mas agora está sendo contestada por Trump e sua equipe como uma tentativa de transferir indevidamente fundos de campanha.

Os advogados da campanha de Trump argumentam que Kamala Harris ainda não é a candidata oficial do Partido Democrata. De acordo com as regras do Partido Democrata, a candidatura oficial de Harris só será confirmada na Convenção Nacional Democrata. Portanto, segundo os advogados de Trump, qualquer transferência de fundos da campanha de Biden para Harris antes dessa confirmação é ilegal. Além disso, eles alegam que, uma vez que Biden anunciou sua desistência da corrida presidencial, ele não tem o direito de manter os fundos arrecadados para essa candidatura.

David Warrington, advogado da campanha de Trump, descreveu a ação como um “roubo” de US$ 91,5 milhões, chamando a transferência de fundos de Biden para Harris de uma violação grave e sem precedentes da Lei Federal de Campanhas Eleitorais de 1971. Segundo Warrington, essa transferência de recursos representa a maior violação da lei desde sua promulgação, e ele pede que a FEC tome medidas imediatas para bloquear a movimentação dos fundos e garantir a conformidade com as leis eleitorais.

Em resposta às alegações, a campanha de Kamala Harris, por meio do porta-voz Charles Lutvak, criticou a queixa da campanha de Trump como sendo infundada e uma tentativa de desviar a atenção do foco principal da eleição. Lutvak afirmou que tais alegações são apenas uma distração e que a equipe de Harris está focada em mobilizar eleitores e garantir uma vitória nas próximas eleições. Ele também destacou que as alegações de Trump não têm mérito e que a equipe está comprometida em continuar o trabalho de engajamento dos eleitores e fortalecimento da campanha.