Um levantamento da Austin Rating, com base nas projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), sugere que o Brasil poderá voltar a integrar o grupo das 10 maiores economias do mundo já em 2023. Isso se deve ao crescimento de 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre, marcando o oitavo trimestre consecutivo de resultados positivos. 

As projeções do FMI apontam um crescimento de 2,1% da economia brasileira para este ano, e essas projeções não consideram ainda o resultado do segundo trimestre divulgado pelo IBGE. O mercado financeiro esperava um crescimento menor, apenas 0,3% em relação ao trimestre anterior.

O economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, acredita que se não ocorrerem grandes mudanças no cenário econômico internacional e o Brasil mantiver seu atual ritmo de crescimento, há boas chances de o país voltar a fazer parte das 10 maiores economias do mundo. 

No entanto, para alcançar tal objetivo, o economista enfatiza a importância de o Brasil continuar a implementar medidas necessárias, como o novo marco fiscal, a reforma tributária, a manutenção da queda dos juros e melhorias nas questões institucionais, a fim de recuperar a confiança de empresários e investidores.

De acordo com as projeções da Austin Rating, o PIB brasileiro pode crescer 2,4% neste ano, superando a estimativa do FMI. Agostini acrescenta que se o crescimento for ainda mais robusto do que o projetado (2,4%) e o real se valorizar, o Brasil poderá até alcançar a 8ª posição no ranking das maiores economias do mundo em 2023, algo que não acontece desde 2017.