O avanço do PIB do Brasil registrou uma queda significativa no segundo trimestre de 2025, colocando o país na 32ª posição em um ranking global de 55 nações elaborado pela Austin Rating. No primeiro trimestre, o crescimento do Produto Interno Bruto brasileiro havia surpreendido, ocupando a 2ª posição, mas o efeito concentrado da safra recorde do agronegócio reduziu o ritmo da economia nos meses seguintes.

Segundo Alex Gomes, economista-chefe da Austin Rating, a retração no ranking reflete a forte dependência da economia brasileira de setores sazonais, como o agronegócio, que concentrou seus resultados no início do ano.

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Queda do Brasil no ranking de crescimento econômico

O avanço do PIB do Brasil no segundo trimestre de 2025 foi de apenas 0,4%, um desempenho inferior ao esperado para uma das maiores economias do mundo. Com isso, o país caiu do 2º para o 32º lugar em termos de crescimento trimestral, atrás de nações como Indonésia, Taiwan e Malásia.

No primeiro trimestre, o Brasil registrou um crescimento mais robusto, impulsionado principalmente pelo setor agrícola, que apresentou safra recorde. No entanto, esse efeito foi concentrado, evidenciando a necessidade de um crescimento mais equilibrado ao longo do ano.

Para contextualizar, a Austin Rating considera dados de instituições como IBGE, Bancos Centrais, Eurostat, OCDE, FMI, Banco Mundial e The Economist, garantindo um panorama amplo do desempenho econômico global.

Países que lideram o crescimento do PIB

Enquanto o Brasil recuou, países asiáticos e do Sudeste Asiático apresentaram avanços expressivos. Indonésia, Taiwan e Malásia lideram o ranking, com crescimento de 4%, 3,1% e 2,1%, respectivamente. Outros países em destaque incluem Arábia Saudita (2,1%) e Tunísia (1,8%).

A China, que continua sendo uma potência econômica, ficou em 12º lugar, com crescimento de 1,1%, enquanto os Estados Unidos ocuparam a 15ª posição, com avanço de 0,8%. Esses números reforçam que, mesmo com um PIB elevado, o ritmo de crescimento das maiores economias pode ser mais modesto quando comparado a nações em desenvolvimento.

Países com crescimento negativo

Alguns países europeus e norte-americanos apresentaram crescimento negativo no segundo trimestre. Entre eles estão:

  • Itália: -0,1%
  • Alemanha: -0,3%
  • Finlândia e Canadá: -0,4% cada
  • Islândia: -0,7%
  • Irlanda: -1%

Esse cenário evidencia que a desaceleração econômica global não é uniforme e que diferentes regiões enfrentam desafios próprios, como inflação, custos de energia e ajustes fiscais.

Projeções do PIB brasileiro e posição mundial

Apesar da queda no ranking de crescimento, o Brasil deve encerrar 2025 como a 10ª maior economia do mundo, segundo a Austin Rating, abaixo da projeção do primeiro trimestre, que apontava a 8ª posição.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta crescimento de 1,9% para o PIB brasileiro em 2025 e 1,8% em 2026. No ranking das maiores economias, os Estados Unidos permanecem em 1º lugar, seguidos pela China e Alemanha, enquanto Índia, Japão e Reino Unido completam o top 6. França, Itália e Canadá ocupam a 7ª, 8ª e 9ª posição, respectivamente.

Esses números mostram que, embora o crescimento trimestral do Brasil tenha desacelerado, o país mantém relevância econômica global devido ao tamanho de sua economia e ao peso do agronegócio e de outros setores estratégicos.

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