O Brasil registrou a abertura de 148.992 vagas formais de trabalho em maio de 2025, conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Embora represente uma alta em relação ao mesmo período do ano anterior, o número ficou aquém da expectativa dos economistas, que previam a criação de cerca de 179 mil novas vagas no mês.

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Desempenho das vagas formais de trabalho em maio: o que os números revelam

O saldo positivo de vagas formais de trabalho em maio foi resultado de 2.256.225 admissões contra 2.107.233 desligamentos registrados no período. Este resultado ficou abaixo da projeção feita por especialistas do mercado financeiro consultados pela Reuters, que estimavam uma criação líquida superior.

Comparando com os anos anteriores, o saldo de maio de 2025 superou o resultado do mesmo mês em 2024, quando foram abertas 139.557 vagas. Contudo, o desempenho ficou inferior ao observado em maio de 2023, que contabilizou 156.193 novas posições formais. O dado indica um cenário de crescimento, porém em ritmo mais lento que o de anos anteriores.

Acumulado do ano mostra desaceleração na geração de empregos

No acumulado dos primeiros cinco meses de 2025, o Brasil apresentou um saldo positivo de 1.051.244 vagas formais de trabalho. Este número é menor que o registrado no mesmo período do ano anterior, que contabilizou a abertura de 1.105.385 empregos formais. A desaceleração aponta para um ritmo de recuperação econômica mais modesto, refletindo desafios ainda presentes no mercado de trabalho brasileiro.

Setores econômicos que impulsionaram a criação de vagas em maio

Todos os cinco principais grupamentos de atividades econômicas registraram saldos positivos na criação de vagas formais de trabalho em maio de 2025. O setor de serviços foi o principal responsável pela geração de empregos, com a abertura de 70.139 postos. O comércio também apresentou um desempenho significativo, criando 23.258 novas vagas.

Outros setores como indústria, agropecuária e construção civil também contribuíram para o resultado positivo, sendo que a construção civil abriu 16.678 vagas, o menor crescimento entre os setores analisados.

Essa diversidade setorial mostra que a recuperação do mercado de trabalho está distribuída por diferentes segmentos da economia, o que pode indicar maior estabilidade no emprego formal.

No âmbito regional, o Acre destacou-se como o estado com a maior criação percentual de vagas formais, apresentando um crescimento de 1,24% em relação ao mês anterior. Já o Rio Grande do Sul teve o desempenho mais fraco, com estabilidade no número de empregos formais e sem crescimento relevante.