BNDES aprova financiamento para recuperação de rodovias no Rio Grande do Sul
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a aprovação de um significativo financiamento de R$ 125 milhões destinado à Concessionária das Rodovias Integradas do Sul S.A. (Viasul). Este recurso será crucial para a recuperação das rodovias gravemente danificadas pelas intensas chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul a partir de abril […]

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a aprovação de um significativo financiamento de R$ 125 milhões destinado à Concessionária das Rodovias Integradas do Sul S.A. (Viasul). Este recurso será crucial para a recuperação das rodovias gravemente danificadas pelas intensas chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul a partir de abril deste ano. Este apoio financeiro faz parte do Programa BNDES Emergencial para o Rio Grande do Sul, que visa mitigar os impactos das calamidades climáticas na infraestrutura rodoviária do estado.
As chuvas que se intensificaram desde abril deste ano causaram estragos significativos na malha rodoviária da Viasul, afetando extensos trechos das rodovias BRs 101, 290, 386 e 448. O estado das vias ficou comprometido com 101 pontos de bloqueio, resultando em deslizamentos de terra, afundamento e inundações. Esses danos severos impactaram diretamente o tráfego e a segurança dos usuários, exigindo uma resposta rápida e eficaz para restaurar a operação normal das rodovias.
Para lidar com a situação emergencial, a Viasul implementou diversas ações imediatas, incluindo a limpeza das vias, sinalização provisória e criação de desvios para garantir a segurança dos motoristas. Equipes operacionais foram mobilizadas para realizar reparos temporários e gerenciar o tráfego enquanto as intervenções de longo prazo eram planejadas. Essas medidas foram essenciais para minimizar os transtornos e assegurar a continuidade do transporte na região.
O financiamento de R$ 125 milhões integra o Programa BNDES Emergencial para o Rio Grande do Sul, que foi criado para oferecer suporte financeiro imediato às empresas e entidades afetadas pelas chuvas. Este programa busca atender às necessidades urgentes de liquidez, como manutenção de empregos, pagamento de salários e quitação de compromissos com fornecedores. Além disso, o programa tem como objetivo auxiliar na adaptação às mudanças climáticas e enfrentar as consequências socioeconômicas das chuvas extremas.
O ministro da Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, destacou a importância do financiamento, afirmando que o suporte é fundamental para a recuperação econômica do estado e beneficiará a população que depende das rodovias para suas atividades diárias. “O governo federal está empenhado em restaurar a normalidade e garantir que a infraestrutura rodoviária seja reparada para apoiar a economia local,” afirmou Pimenta.
Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, ressaltou que a operação é parte de uma estratégia mais ampla para garantir a continuidade dos serviços essenciais e a trafegabilidade das rodovias afetadas pelas enchentes. “Estamos trabalhando em estreita colaboração com o Ministério da Reconstrução do RS para assegurar que as rodovias voltem a operar com segurança e eficiência,” disse Mercadante.
O Programa BNDES Emergencial para o Rio Grande do Sul está em vigor até 31 de dezembro de 2025 ou até que os R$ 15 bilhões em recursos sejam totalmente utilizados. O programa é estruturado em três linhas principais de apoio: capital de giro para enfrentar a crise imediata, aquisição de máquinas e equipamentos para reconstrução, e investimentos para a restauração dos empreendimentos afetados. Esta abordagem abrangente visa proporcionar uma recuperação sustentável e eficiente das áreas impactadas.
Luciana Costa, diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, enfatizou a relevância do crédito emergencial. Ela destacou que o financiamento é vital para a liquidez das operações da Viasul, que enfrentou gastos extraordinários para manter a trafegabilidade das rodovias. “O crédito emergencial ajuda a garantir que as rodovias possam ser rapidamente recuperadas e que a economia local possa retomar suas atividades normais,” concluiu Costa.