Banco do Brasil (BBAS3) atualiza valor de JCP complementar e dividendos
O Banco do Brasil (BBAS3) enviou um comunicado ao mercado na última terça-feira (27) anunciando que atualizou os valores dos proventos a serem distribuídos aos seus acionistas. Nesse contexto, os dividendos passaram de R$ 0,15186078881 por ação para R$ 0,15456771254, enquanto o juro sobre capital próprio (JCP) complementar foi corrigido de R$ 0,31448148860 para R$ […]

O Banco do Brasil (BBAS3) enviou um comunicado ao mercado na última terça-feira (27) anunciando que atualizou os valores dos proventos a serem distribuídos aos seus acionistas.
Nesse contexto, os dividendos passaram de R$ 0,15186078881 por ação para R$ 0,15456771254, enquanto o juro sobre capital próprio (JCP) complementar foi corrigido de R$ 0,31448148860 para R$ 0,32008713184.
Essa atualização foi realizada com base na taxa Selic até a data de pagamento, que ocorrerá na próxima sexta-feira (30).
Vale lembrar que os valores haviam sido aprovados em 7 de agosto, totalizando R$ 2,6 bilhões em proventos, sendo R$ 866 milhões em dividendos e R$ 1,7 bilhão em JCP, com base na posição acionária de 21 de agosto. As ações passaram a ser negociadas como “ex” a partir de 22 de agosto de 2024.
Cenário dos dividendos do BB
Vale destacar que o Banco do Brasil divulgou os resultados do segundo trimestre de 2024, com um lucro líquido de R$ 9,7 bilhões, superando as expectativas do mercado.
No entanto, junto com os números positivos, o banco anunciou uma revisão do guidance que pode gerar preocupações: a instituição aumentou sua previsão de gastos com provisões para perdas com inadimplência.
Dessa maneira, o intervalo passou de R$ 30 bilhões a R$ 27 bilhões para R$ 31 bilhões a R$ 34 bilhões para 2024.
No primeiro semestre, o banco já provisionou R$ 16,3 bilhões, e essa deterioração no cenário já havia sido antecipada pelos analistas e pelo próprio Banco do Brasil. A necessidade de maiores provisões reflete o aumento do risco de inadimplência, que o banco vinha alertando em seus relatórios anteriores.
Geovanne Tobias, diretor de Relações com Investidores do Banco do Brasil, tranquilizou os investidores afirmando que o aumento das provisões não deve ser motivo de preocupação.
Segundo ele, esse impacto será compensado pela elevação das margens financeiras, que tiveram uma revisão positiva, passando de uma faixa anterior de 7% a 11% para 10% a 13%. Essa elevação nas margens reflete o bom desempenho do banco em geração de receita, o que deve equilibrar os custos maiores com provisões e manter os resultados financeiros sólidos ao longo de 2024.
“Acreditamos que entregando o lucro que propomos no guidance, os dividendos não vão ser impactados, mesmo com o aumento das provisões. O que é importante é que o aumento da provisão está sendo contrabalançado com o aumento dos negócios”, afirmou.