A Americanas (AMER3) e seus principais bancos credores podem estar se aproximando de um acordo, quase três meses após a descoberta de inconsistências fiscais

Na manhã desta segunda-feira (3), a Americanas (AMER3) trouxe a público uma nova proposta que prevê uma capitalização inicial de R$ 10 bilhões, já considerando o valor de R$ 1 bilhão que foi depositado na conta da empresa em fevereiro.

Após o anúncio, os bancos credores da Americanas (AMER3) estão começando a ver chances de chegar a um acordo, segundo informações do jornal Valor.  A proposta totaliza um montante mínimo de R$ 12 bilhões, que foi considerado satisfatório pelas instituições financeiras. 

Uma fonte consultada pelo veículo afirmou que ainda há alguns detalhes finais a serem ajustados, mas acredita-se que o acordo está caminhando para uma convergência. Desde a descoberta de inconsistências fiscais de R$ 20 bilhões no balanço da companhia, há cerca de três meses, a Americanas tem buscado formas de reestruturar suas finanças e atrair investimentos. 

Os acionistas controladores da Americanas haviam proposto inicialmente um aporte de capital de R$ 6 bilhões, mas a oferta foi considerada insuficiente pelos bancos credores. Com a nova proposta de R$ 12 bilhões, espera-se que a empresa consiga equilibrar suas finanças e restabelecer a confiança dos investidores. 

Ainda segundo o Valor, os bancos credores têm interesse em resolver a situação da Americanas o quanto antes, para minimizar os impactos em suas próprias operações e evitar maiores prejuízos. A expectativa agora é que os detalhes finais da proposta sejam ajustados e que o acordo seja fechado em breve.

Dívida da Americanas com Bancos Credores

Os principais credores da empresa são os bancos, que totalizam pelo menos 12, aos quais a varejista deve R$ 26,4 bilhões. Esse valor equivale a mais da metade da dívida total divulgada pela companhia, que é de R$ 41 bilhões.

Veja abaixo a lista de nomes e valores:

Deutsche Bank: R$ 5,2 bilhões
Bradesco: R$ 4,8 bilhões
Santander Brasil: R$ 3,6 bilhões
BTG Pactual: R$ 3,5 bilhões
BV (antigo Votorantim): R$ 3,3 bilhões
Itaú Unibanco: R$ 2,9 bilhões
Banco do Brasil: R$ 1,3 bilhão
Daycoval: R$ 509 milhões
Caixa Econômica Federal: R$ 501 milhões
Banco ABC Brasil: R$ 415,6 milhões
BNDES: R$ 276 milhões
Banco da Amazônia: R$ 103 milhões

Equipe MI

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