Os principais concorrentes à Prefeitura de São Paulo se manifestaram sobre o incidente que marcou o debate transmitido pela TV Cultura. Ricardo Nunes, atual prefeito e candidato à reeleição, descreveu a agressão como um “momento lamentável” e uma “perda para a nossa democracia”. Nunes lamentou a falta de equilíbrio e destacou que, embora Datena tenha agido de forma errada, ele foi provocado por Marçal. “Ele foi defender a honra da sua sogra. Fez de uma forma errada, mas também não é correto essas ofensas para as pessoas. A gente precisa ter equilíbrio”, afirmou Nunes nas redes sociais.

O debate, realizado ontem, foi marcado por tensão crescente entre os candidatos. O momento culminante foi a agressão física, quando Datena desferiu uma “cadeirada” em Marçal. Esse episódio expôs a escalada de hostilidade que tem caracterizado a atual disputa eleitoral. Nunes ressaltou a importância de um comportamento equilibrado para quem ocupa o cargo de prefeito, dada a responsabilidade de gerir uma cidade com 12 milhões de habitantes.

Guilherme Boulos também se pronunciou sobre o incidente. O candidato do PSOL criticou o nível da campanha, afirmando que o ambiente de desrespeito e baixaria observados anteriormente não contribui para um debate construtivo. Boulos argumentou que a atual gestão da cidade é desatualizada e não atende às necessidades de inovação e desenvolvimento. “Quem tem acompanhado as eleições em São Paulo, tem visto um nível baixo, uma dificuldade de discutir propostas”, disse Boulos, enfatizando que o debate deve servir como uma lição para melhorar a qualidade da administração pública.

Tabata Amaral, do PSB, expressou profunda decepção com o ocorrido e criticou a transformação da eleição em um palco de ataques pessoais. Amaral destacou que o incidente não responde aos problemas reais da cidade e que a habilidade de controlar emoções é crucial para um candidato a prefeito. “Se a pessoa não consegue se controlar diante de uma provocação, a prefeitura de São Paulo não é lugar para ela”, afirmou. Além disso, Tabata criticou Pablo Marçal por provocar o confronto, afirmando que a hostilidade entre os candidatos não atende aos interesses dos eleitores.