Adversários condenam agressão no debate, mas responsabilizam Marçal pelo ambiente hostil
Durante o recente debate para a Prefeitura de São Paulo, a agressão física de José Luiz Datena (PSDB) contra Pablo Marçal (PRTB) gerou reações intensas entre os principais adversários na corrida eleitoral.
Adversários condenam agressão no debate, mas responsabilizam Marçal pelo ambiente hostil
Os principais concorrentes à Prefeitura de São Paulo se manifestaram sobre o incidente que marcou o debate transmitido pela TV Cultura. Ricardo Nunes, atual prefeito e candidato à reeleição, descreveu a agressão como um “momento lamentável” e uma “perda para a nossa democracia”. Nunes lamentou a falta de equilíbrio e destacou que, embora Datena tenha agido de forma errada, ele foi provocado por Marçal. “Ele foi defender a honra da sua sogra. Fez de uma forma errada, mas também não é correto essas ofensas para as pessoas. A gente precisa ter equilíbrio”, afirmou Nunes nas redes sociais.
O debate, realizado ontem, foi marcado por tensão crescente entre os candidatos. O momento culminante foi a agressão física, quando Datena desferiu uma “cadeirada” em Marçal. Esse episódio expôs a escalada de hostilidade que tem caracterizado a atual disputa eleitoral. Nunes ressaltou a importância de um comportamento equilibrado para quem ocupa o cargo de prefeito, dada a responsabilidade de gerir uma cidade com 12 milhões de habitantes.
Guilherme Boulos também se pronunciou sobre o incidente. O candidato do PSOL criticou o nível da campanha, afirmando que o ambiente de desrespeito e baixaria observados anteriormente não contribui para um debate construtivo. Boulos argumentou que a atual gestão da cidade é desatualizada e não atende às necessidades de inovação e desenvolvimento. “Quem tem acompanhado as eleições em São Paulo, tem visto um nível baixo, uma dificuldade de discutir propostas”, disse Boulos, enfatizando que o debate deve servir como uma lição para melhorar a qualidade da administração pública.
Tabata Amaral, do PSB, expressou profunda decepção com o ocorrido e criticou a transformação da eleição em um palco de ataques pessoais. Amaral destacou que o incidente não responde aos problemas reais da cidade e que a habilidade de controlar emoções é crucial para um candidato a prefeito. “Se a pessoa não consegue se controlar diante de uma provocação, a prefeitura de São Paulo não é lugar para ela”, afirmou. Além disso, Tabata criticou Pablo Marçal por provocar o confronto, afirmando que a hostilidade entre os candidatos não atende aos interesses dos eleitores.