A desistência da Abu Dhabi National Oil Company (ADNOC) em adquirir a Braskem, anunciada pela Novonor, marca o desfecho de uma série de negociações. Essa decisão, consequentemente, encerra as expectativas de mudanças significativas no cenário petroquímico. Essa mudança abrupta no curso das negociações pode afetar a estratégia de expansão internacional das empresas. Além disso, pode influenciar sua busca por parcerias estratégicas no mercado petroquímico global.

Anúncio da desistência da ADNOC em comprar a Braskem, divulgado pela Novonor

A Novonor, antiga Odebrecht, comunicou oficialmente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a decisão da ADNOC de abandonar as negociações para a compra da Braskem. Esse anúncio representa o fim de uma possível transação que vinha sendo discutida desde setembro do ano anterior.

Inicialmente, a ADNOC propôs adquirir uma participação na Novonor, permitindo que esta mantivesse uma parcela menor da Braskem. Posteriormente, uma nova oferta foi feita, desta vez com um valor de R$ 10,5 bilhões, buscando reestruturar a participação das partes envolvidas na transação. No entanto, mesmo com a melhoria nas condições da proposta, a ADNOC decidiu não seguir adiante.

Impacto da desistência nas negociações e potenciais consequências para as empresas envolvidas

A desistência da ADNOC representa um revés nas negociações e pode ter implicações significativas para a Novonor e a Braskem. Essa mudança abrupta no curso das negociações pode afetar a estratégia de expansão internacional das empresas e sua busca por parcerias estratégicas no mercado petroquímico global.

A ADNOC, fundada em 1971, é uma empresa estatal dos Emirados Árabes Unidos focada não apenas no mercado de petróleo, mas também em iniciativas de energia renovável e projetos de baixa emissão de carbono. Sua desistência na aquisição da Braskem pode refletir uma reorientação de sua estratégia de investimento em meio às mudanças no mercado global de energia.

A Novonor, antiga Odebrecht, tem uma relação histórica com a Braskem, sendo uma das acionistas da empresa. A desistência da ADNOC pode impactar a estrutura acionária da Braskem e influenciar as decisões futuras da Novonor em relação aos seus investimentos no setor petroquímico.