Ações do Banco Pan (BPAN4) disparam após proposta do BTG Pactual
Ações do Banco Pan (BPAN4) sobem 28% após proposta do BTG Pactual para incorporação total. Entenda o impacto do negócio

As ações preferenciais do Banco Pan (BPAN4) dispararam mais de 28% nesta terça-feira (14), atingindo o maior valor desde setembro do ano passado, após o BTG Pactual (BPAC11) anunciar uma proposta de incorporação da totalidade das ações do Pan, banco no qual já detém 76,9% de participação.
A proposta prevê troca de ações, na proporção de 0,2128 unit do BTG Pactual para cada ação preferencial do Pan, o que equivale a um preço implícito de R$ 10,07 por papel — um prêmio de mais de 30% em relação ao fechamento da última segunda-feira (13).
Por volta das 11h30, as ações do Pan eram negociados a R$ 9,78, alta de 26,36%, após tocarem R$ 9,87 na máxima do dia (+28,18%). As units do BTG, em contrapartida, caíam 1,97%, cotadas a R$ 46,38.
Confira o gráfico que ilustra a subida:

Incorporação transformará o Pan em subsidiária do BTG
Com a aprovação dos órgãos reguladores, o Banco Pan deixará de ter ações negociadas na Bolsa e passará a ser subsidiária integral indireta do BTG Pactual, que também controla o Banco Sistema.
“O movimento faz parte de uma estratégia de simplificação estrutural e integração operacional dentro do grupo”, afirmou o BTG em comunicado ao mercado.
Segundo o G1, para o Bradesco BBI, o preço ofertado reflete a expectativa de ganhos de eficiência e sinergias entre as operações.
“Vemos o BTG avançando em sua agenda de simplificação e na redução dos custos de captação. É um próximo passo natural”, disseram os analistas.
Reação do mercado e análise dos bancos sobre BPAN4
Analistas do UBS BB, também em depoimento ao G1, classificaram a proposta como “esperada” e de impacto neutro sobre o lucro por ação do BTG em 2026, mesmo sem considerar sinergias futuras.
“O mercado já antecipava esse movimento, e não há expectativa de impacto relevante nos índices de capital do BTG Pactual”, destacaram.
O CFO do BTG, Renato Cohn, já havia sinalizado, em agosto, o interesse do banco em adquirir o controle total do Pan, afirmando que a operação “dependia muito do preço” e que havia forte sinergia entre as duas instituições.
Contexto e histórico da participação acionária
O BTG Pactual tornou-se acionista do Banco Pan em 2011, quando comprou 51% das ações ordinárias detidas pelo Grupo Silvio Santos, equivalentes a 37,6% do capital social.
No mesmo ano, o banco firmou acordo de acionistas com a Caixapar, que também detinha participação no Pan. Em 2021, a Caixapar vendeu todas as suas ações ao BTG, que passou a deter 71,7% do capital social e se tornou controlador único do Pan.
Desde então, o BTG ampliou sua fatia para os atuais 76,9%, consolidando o movimento que agora culmina na incorporação total.
Perspectiva dos investidores
Para o mercado, a proposta reforça o interesse do BTG em fortalecer a vertical de varejo digital e integrar operações de crédito, pagamentos e investimentos sob uma mesma estrutura.
A valorização expressiva das ações do Pan reflete a confiança dos investidores na capacidade do BTG de capturar sinergias e aumentar a rentabilidade da operação.
Com a incorporação, o Banco Pan deve deixar a bolsa de valores, encerrando um ciclo de mais de quatro décadas de presença no mercado financeiro brasileiro.
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