Banco Mundial corta projeção do PIB da América Latina
O Banco Mundial reduziu sua projeção de crescimento econômico para a América Latina e o Caribe em 2024 para 1,6%, em comparação com a estimativa anterior de 2,3%, citando o contínuo desempenho inferior da região em relação a outras partes do mundo. Para o Brasil, o Banco Mundial estima uma expansão do Produto Interno Bruto […]

O Banco Mundial reduziu sua projeção de crescimento econômico para a América Latina e o Caribe em 2024 para 1,6%, em comparação com a estimativa anterior de 2,3%, citando o contínuo desempenho inferior da região em relação a outras partes do mundo.
Para o Brasil, o Banco Mundial estima uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,7% em 2024, acelerando para 2,2% em 2025.
Segundo o banco, o crescimento econômico da região poderia ser impulsionado com o aumento da concorrência, mas a diversificação corporativa enfrenta obstáculos, incluindo na educação e infraestrutura.
A atual taxa de crescimento na América Latina e no Caribe é considerada insuficiente para promover a prosperidade, destacou o Banco Mundial.
Carlos Felipe Jaramillo, vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe, ressaltou que o baixo crescimento persistente representa uma barreira para o desenvolvimento, resultando em serviços públicos limitados, menos oportunidades de emprego, salários estagnados e maior pobreza e desigualdade.
Obstáculos de acordo com o Banco Mundial
Nesse contexto, a falta de concorrência na região é identificada como um obstáculo para a inovação e produtividade, com grandes empresas dominando vários setores. O banco observou que, embora existam agências e leis de concorrência em vários países, a aplicação é frágil devido à influência das grandes empresas sobre as políticas governamentais.
Outra barreira significativa é a educação, com quase um terço das empresas da região relatando dificuldades para expandir devido à escassez de mão de obra qualificada. Isso é atribuído pelos economistas do banco aos sistemas de ensino público e de treinamento deficientes da região, que não atendem às demandas do setor privado.
William Maloney, economista-chefe do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe, enfatizou a necessidade de uma maior interação entre empresas e universidades na região, destacando o exemplo do Vale do Silício nos Estados Unidos como um modelo a ser seguido.
Maloney também apontou a necessidade de investimentos em infraestrutura, ressaltando que, apesar de uma gestão macroeconômica estável na região, questões estruturais, como educação e infraestrutura precárias, continuam a ser grandes desafios para o desenvolvimento econômico.
Ele enfatizou que, sem a correção desses fundamentos subjacentes, será difícil implementar qualquer política industrial eficaz na região.
Com Reuters