Do problema à solução!

Por Juliana Magano

A vida não está fácil para ninguém. Por isso, muitas pessoas deixam sua terra natal para tentar uma vida melhor em outros países. O relatório sobre Migrações no Mundo 2022 da Organização Internacional para as Migrações (OIM), mostra que o número estimado de migrantes internacionais aumentou nas últimas cinco décadas, chegando a 281 milhões de pessoas.

Entre os países que mais recebem estrangeiros estão: Estados Unidos (líder no ranking desde 1970), Alemanha, Arábia Saudita, Federação Russa e Reino Unido. Apesar de parte dos Estados Unidos levantar a discussão de que não querem mais imigrantes, o país tem se beneficiado da chegada dos estrangeiros. 

Um estudo feito pelo Congresso Americano mostrou que o aumento na chegada de imigrantes aos EUA pode fazer o PIB do país crescer US$7 trilhões nos próximos 10 anos. Isso corresponde a mais de ¼ do PIB atual. Nesse ritmo, a força de trabalho deve aumentar em quase 5,2 milhões de pessoas até 2033.

Nos EUA, eles são 46 milhões (esse número triplicou desde 1970), com um poder de compra de 1,3 trilhão de dólares. Esse número de imigrantes é considerado alto, correspondendo a cerca de 10% da população do país. Por ano, cerca de 1,2 milhão de imigrantes chegam ao território norte-americano, a maioria com idades entre 25 e 54 anos. As nacionalidades mais comuns são: México, Hong Kong, Filipinas e Índia. 

O Brasil se encontra na 14ª posição nesse ranking. De acordo com o Itamaraty, a comunidade de brasileiros nos Estados Unidos chegou a 1.9 milhão de pessoas, em 2023, e já superou os 2 milhões no início de 2024.

Mas, por que isso é bom para a economia?

A chamada “corrida por imigrantes” já é uma tática conhecida que alguns países usam para movimentar a economia, como é o caso do Japão, com uma população mais velho do que a economia pode suportar. 

A lógica é até simples: mais trabalhadores (principalmente em cargos que os “nativos” não querem assumir), mais impostos pagos e maior é a procura de produtos e serviços. Isso faz a economia girar e aumenta a receita dos governos.

No ano passado, mais de 3 milhões de imigrantes cruzaram as fronteiras dos EUA, um salto de quase 1 milhão por ano, em relação à última década. Economistas acreditam que foi justamente esse aumento que impediu que a economia americana entrasse em recessão, uma vez que os imigrantes preencheram a escassez de mão-de-obra em indústria, construção e hotelaria.

Sendo assim, os americanos começam a dizer “hello” para os imigrantes e “adiós” para a recessão!

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