Rússia acusa Ucrânia de ataque à residência de Putin e fala em retaliação

Após alegar ataque à residência de Putin, Moscou ameaça retaliação, mas mantém diálogo; Kiev rejeita a acusação, e fala em manipulação.

imagem do autor
Última atualização:  29 de dez, 2025 às 18:33
Foto do líder russo Vladimir Putin Imagem: Sergei Bulkin/Reuters/Reprodução

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou nesta segunda-feira (29) que a Ucrânia tentou atacar uma das residências do presidente Vladimir Putin, localizada na região de Novgorod.

Lavrov declarou que não houve danos ou vítimas e não confirmou se Putin estava no local no momento do suposto ataque. Ele disse ainda que as forças russas derrubaram 91 drones e que alvos já foram selecionados para eventuais ações de retaliação.

Apesar do tom mais duro, o chanceler afirmou que a Rússia não pretende abandonar as conversas de paz, embora Putin tenha dado indícios de que isso pode vir a acontecer.

Ucrânia denuncia “manipulação” e nega ataque

Do lado ucraniano, o ministro das Relações Exteriores pediu que líderes internacionais condenem o que chamou de manipulação russa. Segundo ele, Moscou estaria tentando criar uma “justificativa artificial” para ampliar ofensivas militares.

O presidente Volodymyr Zelensky rejeitou categoricamente a acusação, classificando-a como “uma completa invenção”.

Leia também:

Putin diz a Trump que posição russa pode mudar

Em um novo capítulo das negociações, Putin afirmou ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que a suposta tentativa de ataque poderá modificar a posição da Rússia sobre o fim da guerra.

A declaração ocorreu durante uma conversa telefônica entre os dois líderes, realizada nesta segunda-feira. Segundo a Casa Branca, o diálogo foi “positivo”, embora detalhes não tenham sido divulgados. O contato aconteceu um dia depois de Trump se reunir pessoalmente com Zelensky.

Também nesta segunda-feira, Zelensky comentou o encontro com o presidente norte-americano. Ele afirmou que Trump propôs garantias de segurança por 15 anos para a Ucrânia. O líder ucraniano, porém, disse ter defendido um prazo maior — até 50 anos.

Na prática, esse tipo de acordo funcionaria nos moldes da proteção dada a países da Otan. Assim, em caso de nova agressão militar, Estados Unidos e aliados europeus se comprometeriam a defender o território ucraniano, inclusive com eventual envio de tropas.

Lucas Machado

Redator e psicólogo com quase 5 anos de experiência na produção de artigos e notícias sobre uma ampla gama de temas. Suas áreas de interesse e expertisse incluem previdência, seguros, direito sucessório e finanças, em geral. Atualmente, faz parte da equipe do Melhor Investimento, abordando uma variedade de tópicos relacionados ao mercado financeiro.