TOP FIIs para dividendos: os maiores DY de 2025

Os melhores do ano! Veja quais FIIs encheram o bolso dos investidores em 2025 e quais só parecem bons no papel.

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Última atualização:  05 de dez, 2025 às 11:07
fiis dividendos 2025 Foto; Canva. Montagem: MI

Apesar de um 2025 marcado por juros ainda elevados, os fundos imobiliários que mais pagaram dividendos chamaram atenção pelo volume distribuído aos cotistas; em alguns casos, por motivos exepcionais.

Para identificar quais fundos pagaram mais dividendos no ano, utilizamos o Dividend Yield acumulado nos últimos 12 meses, critério geral do mercado para medir a performance recente de distribuição de proventos.

O levantamento revela números interessantes, alguns deles reflexo de eventos extraordinários, mais do que de uma renda recorrente. Por isso, a avaliação precisa ser cuidadosa. Acompanhe:

Ranking dos FIIs com maior DY em 2025

FundoDY 12mP/VPLiquidez diáriaPLVariação 12m
BBFI116.100%0,01200,6 milR$ 88,6 mi-93,08%
CFHI11435,24%0,07300,7 milR$ 23,5 mi66,67%
FAMB1197,85%0,58132,7 milR$ 224,7 mi78,88%
SNLG1181,61%2,98133 milR$ 1,27 mi-22,58%
CFII1140,29%0,63225,5 milR$ 104,2 mi21,27%
BTAG1134,75%1,02453,5 milR$ 304,4 mi-77,73%
KORE1122,03%0,642,39 miR$ 1,02 bi6,02%
CACR1121,98%0,981,45 miR$ 363,5 mi-4,93%
URPR1121,24%0,32985,7 milR$ 1,18 bi-36,45%
KOPA1121,11%0,81359,8 milR$ 283,7 mi23,46%
Fonte: Investidor10

Interpretando o ranking: o que esses números realmente significam?

BBFI11 (6.100% de DY): um número que não reflete renda

O líder do ranking tem um DY fora da realidade. O percentual explosivo é consequência de:

  • queda agressiva da cota (-93%),
  • pagamentos não recorrentes,
  • baixa previsibilidade operacional.

O BBFI11 é um caso didático: mostra por que DY não pode ser analisado isoladamente.

CFHI11 e CFII11: fundos pequenos com eventos extraordinários

  • PL reduzido, que amplifica o impacto de distribuições maiores;
  • carteiras específicas, que podem ter vendido ativos e distribuído resultados;
  • DY alto, mas com risco elevado e pouca previsibilidade.

AMB11 e SNLG11: retornos expressivos, porém com premissas próprias

O FAMB11 se destaca por:

  • retorno de quase 100% em dividendos,
  • forte valorização da cota no ano (78%),
  • um histórico de volatilidade e dependência de eventos jurídicos e locatícios.

Já o SNLG11 apresenta DY alto, mas:

  • PL extremamente pequeno,
  • queda da cota no ano,
  • risco elevado por concentração.

BTAG11: o FIAGRO da lista com forte oscilação

O fundo agro apresenta:

  • distribuição elevada (34%),
  • desvalorização intensa da cota (-77%), indicando potencial distorção do DY,
  • cenário desafiador do crédito agro em 2025.

O número chama atenção, mas exige contexto.

Os “grandes e líquidos”: KORE11, CACR11, URPR11 e KOPA11

Aqui está o grupo mais relevante para o investidor de longo prazo.

Esses fundos têm:

  • PL robusto, acima de R$ 1 bilhão em alguns casos,
  • liquidez muito superior à média do ranking,
  • DY elevado (21%–22%), porém sem distorções extremas.

Entre eles:

  • KORE11 e CACR11 representam fundos de crédito com operações diversificadas.
  • URPR11 sofreu com reprecificação do mercado de crédito, mas mantém distribuição alta.
  • KOPA11, ligado ao agronegócio, combina DY alto com valorização positiva (23%).

Veja também:

Vale a pena investir em fundos imobiliários em 2026?

A valorização de +17,71% do IFIX no acumulado de 2025 reforça que os fundos imobiliários continuam competitivos frente à renda fixa e ao Tesouro Direto, especialmente por três fatores:

1. Rendimento recorrente e isenção de IR para pessoa física

A distribuição de dividendos isentos é um dos principais atrativos; e continua a diferenciar o produto de outros investimentos.

2. Diversificação acessível

Com aportes a partir de R$ 10 ou R$ 100, o investidor acessa:

  • escritórios,
  • galpões,
  • shoppings,
  • crédito imobiliário,
  • agronegócio.

Diversificação que seria impossível individualmente.

3. Bom desempenho em cenários de inflação controlada e juros em queda

Com as expectativas de desaceleração da Selic para 2026, FIIs tendem a:

  • aumentar o valor das cotas,
  • melhorar rendimento real,
  • acelerar o ciclo de valorização de portfólio.

Assim, mesmo com distorções em alguns números, a classe segue estratégica para quem busca renda mensal e diversificação de médio e longo prazo.

FAQ: Perguntas frequentes sobre FIIs e dividendos

Quais FIIs pagam mais de 1% ao mês?

FIIs de crédito, agronegócio e fundos menores tendem a pagar mais, mas isso geralmente vem com risco elevado. DY acima de 1% ao mês deve ser analisado com cautela.

DY alto é sempre bom?

Não. Pode indicar:

  • queda acentuada da cota,
  • eventos não recorrentes,
  • baixa liquidez ou risco elevado.

É seguro investir em FIIs com DY muito alto?

A segurança depende da qualidade dos ativos, gestão, inadimplência e previsibilidade da renda, não do DY isolado.

Quais os melhores FIIs para renda em 2026?

Historicamente, os fundos de crédito diversificados e de grande porte apresentam maior consistência de distribuição. KORE11, CACR11, URPR11 e KOPA11 estão nesse grupo.

Como o DY dos FIIs é calculado?

É a divisão entre dividendos distribuídos nos últimos 12 meses e o preço atual da cota.

Nota: Este artigo possui caráter exclusivamente jornalístico e não deve ser interpretado como recomendação de compra ou venda de ativos.

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Pedro Gomes

Jornalista formado pela UniCarioca, com experiência em esportes, mercado imobiliário e edtechs. Desde 2023, integra a equipe do Melhor Investimento.