XP afirma que títulos do Banco Master cumpriam critérios técnicos e distribuição foi responsável
A XP Investimentos defendeu que os títulos do Banco Master foram distribuídos apenas após a instituição atender aos critérios técnicos exigidos, incluindo índice de Basileia, auditoria Big Four e rating internacional.
Foto: Maria Isabel Oliveira
A XP Investimentos defendeu na última quarta-feira (3) que os títulos do Banco Master distribuídos na plataforma da corretora atendiam a todos os critérios técnicos exigidos e foram oferecidos de forma responsável aos investidores. Segundo a instituição, a oferta desses ativos ocorreu apenas após a instituição financeira cumprir integralmente os requisitos de avaliação de risco, auditoria e rating internacional, garantindo que a distribuição fosse segura e transparente.
A decisão da XP sobre os títulos do Banco Master gerou atenção do mercado devido ao perfil arrojado do banco e à remuneração acima da média oferecida pelos papéis. Em meio a discussões sobre segurança de investimentos e limites do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), a corretora reforçou que todos os procedimentos foram realizados dentro da regulamentação vigente e com base em análises técnicas criteriosas.
Saiba mais:
Segundo Gustavo Pires, sócio-diretor executivo da XP, os títulos do Banco Master passaram a ser elegíveis para distribuição em 2021, após atender a três pilares considerados indispensáveis pela corretora:
- Índice de Basileia dentro das normas do Banco Central, que mede a relação entre capitalização e risco das instituições financeiras;
- Auditoria realizada por uma das quatro maiores empresas do setor, conhecidas como “Big Four”;
- Classificação de risco de crédito concedida por uma agência internacional — no caso, a Fitch Ratings.
A oferta dos títulos do Master, portanto, só ocorreu quando todas as condições de segurança financeira foram atendidas, garantindo que investidores estivessem expostos apenas a produtos compatíveis com seus perfis de risco.
Rentabilidade compatível com bancos de mesmo porte
Embora os títulos do Banco Master oferecessem uma remuneração superior à média do mercado, a XP ressaltou que a rentabilidade era compatível com bancos de porte similar. A média ponderada dos papéis era de 121% do CDI, o que atraiu investidores em busca de rendimento maior.
A maioria das aplicações estava dentro do limite de cobertura do FGC, de R$ 250 mil. Entretanto, em alguns casos, a valorização dos papéis acabou ultrapassando o valor segurado, evidenciando a necessidade de acompanhamento e planejamento de risco por parte dos clientes.
Participação de mercado da XP na distribuição
A corretora também comentou que sua maior participação na distribuição desses títulos não era exclusiva do Master, mas decorrente do peso da XP no mercado de distribuição de ativos. Atualmente, a corretora detém cerca de 50% do mercado de distribuição de títulos, excluindo operações de grandes bancos.
A decisão de distribuir os títulos do Banco Master seguiu critérios puramente técnicos, utilizando informações públicas e fornecidas pelo Banco Central. Qualquer avaliação além disso poderia ser interpretada como interferência indevida no Sistema Financeiro Nacional.
Reforma no FGC é necessária, diz XP
Além de defender a distribuição responsável, Pires destacou a necessidade de mudanças estruturais no Fundo Garantidor de Crédito. Ele citou proposta da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), que sugere limites para os ativos de instituições que captam valores acima do seguro.
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