Vendas no varejo dos EUA decepcionam em setembro e indicam perda de ritmo do consumo
Vendas no varejo dos EUA sobem abaixo do esperado em setembro, indicando perda de ritmo do consumo e sinalizando menor pressão inflacionária.
(Foto: Sarah Silbiger/Reuters)
As vendas no varejo dos Estados Unidos cresceram menos do que o previsto em setembro, sinalizando uma perda de fôlego após meses de resultados mais fortes.
Segundo dados divulgados pelo Census Bureau nesta terça-feira (25.nov.2025), o avanço foi de 0,2%, abaixo da projeção de 0,4% feita por economistas. Em agosto, o indicador havia subido 0,6%.
O relatório, adiado por conta da paralisação de 43 dias do governo, mostra que o ritmo mais fraco ocorre após uma corrida de consumidores para comprar veículos elétricos antes do fim dos créditos fiscais no final de setembro.
Mesmo assim, especialistas avaliam que o recuo não deve mudar a perspectiva de aceleração dos gastos das famílias no terceiro trimestre.
Indicadores detalhados e impacto no PIB
Ao excluir automóveis, gasolina, materiais de construção e serviços de alimentação (componente que reflete de forma mais precisa o comportamento do consumo no PIB) as vendas caíram 0,1% em setembro. Em agosto, o dado foi revisado para alta de 0,6%, ante 0,7% inicialmente estimado.
Economistas destacam ainda que os gastos continuam concentrados nas famílias de renda mais alta, enquanto consumidores de renda média e baixa enfrentam custos maiores, parte deles influenciados por tarifas sobre importações.
Esse contraste tem reforçado a chamada “economia em K”, em que diferentes faixas de renda seguem trajetórias opostas.
Apesar de o emprego ter voltado a avançar em setembro, o mercado de trabalho mostra sinais de enfraquecimento, com a taxa de desemprego atingindo 4,4%, o maior nível em quatro anos. A primeira estimativa do PIB do terceiro trimestre será divulgada em 23 de dezembro. No trimestre anterior, a economia dos EUA cresceu 3,8%, impulsionada principalmente pela redução do déficit comercial.
Com informações de Reuters
