O Google inaugurou nesta terça-feira (18) uma nova fase da sua estratégia em inteligência artificial com o lançamento do Gemini 3, descrito pela empresa como seu modelo “mais inteligente” até agora. A novidade marca mais um passo rumo à AGI (inteligência artificial geral) e reforça a disputa com OpenAI, Meta e Anthropic no mercado global de IA.

O anúncio foi assinado por Sundar Pichai, CEO do Google e Alphabet, e pelos líderes da DeepMind, Demis Hassabis e Koray Kavukcuoglu.

O lançamento tem relevância direta para o mercado financeiro, investidores de tecnologia e empresas que dependem de automação, dados e produtividade; setores cada vez mais sensíveis à evolução dos modelos de IA.

Veja também:

Atualizações do Gemini 3

O Gemini 3 chega com foco em três frentes estratégicas:

  • Raciocínio avançado: desempenho recorde em benchmarks como LMArena e GPQA Diamond, superando modelos anteriores e competidores.
  • Multimodalidade profunda: análise integrada de texto, imagem, vídeo, áudio e código.
  • Arquitetura agentic: modelos capazes de executar tarefas de forma autônoma, reforçando o potencial de automação corporativa.

No mercado, isso significa:

  • ganho de eficiência para empresas que adotam IA;
  • maior competitividade entre plataformas de cloud;
  • impacto indireto no ecossistema de semicondutores, já que modelos maiores demandam mais poder computacional;
  • serviços mais complexos sendo automatizados; o que abre novas frentes de monetização.

Deep Think: modo avançado que amplia capacidade de raciocínio

O Google introduziu também o Gemini 3 Deep Think, um modo de raciocínio intensificado voltado para problemas complexos, como análises científicas, desafios matemáticos e tarefas cognitivas de alta exigência.

No benchmark ARC-AGI-2, considerado um dos mais desafiadores da área, o Deep Think alcançou 45,1%, uma pontuação inédita.

Esse salto é particularmente relevante para empresas dos setores:

  • financeiro;
  • engenharia;
  • pesquisa científica;
  • segurança e auditoria;
  • automação de processos.

Por que o lançamento do Gemini 3 importa para o mercado financeiro

Investidores acompanham com atenção porque o lançamento de um novo modelo de IA dessa escala costuma gerar impacto imediato em:

1. Big Techs

  • Alphabet tende a ser beneficiada pela integração total do modelo ao ecossistema Google.
  • A pressão competitiva sobre Microsoft/OpenAI aumenta, o que pode se refletir em volatilidade dos papéis.

2. Mercado de chips

Modelos maiores = maior demanda por hardware especializado.
NVIDIA, AMD e startups de semicondutores devem continuar atraindo atenção.

3. Empresas de cloud

A corrida por clientes de IA corporativa se intensifica, favorecendo:

  • Google Cloud
  • Azure
  • AWS

que investem para capturar o boom da automação.

4. Produtividade corporativa

Empresas que adotam IA avançada costumam reduzir custos, acelerar análises e otimizar operações — ponto crucial para setores de varejo, bancos, telecom e indústria.

5. Startups e desenvolvedores

Plataformas como Replit, GitHub e Cursor passam a integrar o modelo, o que aumenta o alcance e cria ecossistemas de produtos nativos em IA.

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Pedro Gomes

Jornalista formado pela UniCarioca, com experiência em esportes, mercado imobiliário e edtechs. Desde 2023, integra a equipe do Melhor Investimento.