A Oi (OIBR3) anunciou o adiamento da divulgação de seu balanço financeiro do terceiro trimestre de 2025 (3T25), que estava inicialmente prevista para esta quarta-feira (12). A decisão foi tomada um dia após a Justiça do Rio de Janeiro decretar oficialmente a falência da companhia, encerrando o longo processo de recuperação judicial iniciado em 2016.

Segundo a operadora, a mudança no cronograma se deve aos impactos contábeis e jurídicos causados pela conversão da recuperação judicial em falência, o que exige ajustes adicionais nas demonstrações financeiras antes de sua publicação.

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Decisão judicial transforma recuperação da Oi (OIBR3) em falência

A falência da Oi (OIBR3) foi decretada pela juíza Simone Gastesi Chevrand, da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, em decisão publicada na última terça-feira (11). No despacho, a magistrada afirmou que “não há mais surpresas quanto ao estado do grupo em recuperação judicial”, concluindo que a empresa se encontra “tecnicamente falida”.

A determinação converte o processo de recuperação judicial, iniciado há quase uma década, em falência com continuidade provisória das operações. Isso significa que a Oi poderá manter seus serviços de telefonia e internet ativos até que outras empresas assumam suas atividades, garantindo a continuidade dos serviços essenciais de conectividade em todo o país.

Além disso, a juíza determinou que a liquidação dos ativos seja feita de forma ordenada, com o objetivo de maximizar o valor arrecadado para pagamento dos credores. O despacho também critica tentativas anteriores de desmembramento acelerado do patrimônio da companhia, defendendo um processo de liquidação responsável e controlado judicialmente.

Adiamento do balanço e impacto contábil

Em comunicado enviado ao mercado, a Oi explicou que o adiamento da divulgação do balanço do 3º trimestre é uma consequência direta da decisão judicial. A empresa destacou que o processo de falência gera novos desdobramentos contábeis e legais, que precisam ser refletidos nas demonstrações financeiras.

A companhia não informou uma nova data para a divulgação dos resultados, mas indicou que seguirá em contato com seus investidores por meio de comunicados oficiais. O atraso na divulgação do balanço pode impactar a análise do mercado sobre a real situação financeira da operadora, que já vinha enfrentando dificuldades para cumprir seus compromissos desde o segundo trimestre.

Segundo fontes próximas ao caso, os ajustes deverão incluir provisões adicionais para perdas e reavaliações de ativos, além da reorganização das informações relacionadas à dívida consolidada do grupo, que supera dezenas de bilhões de reais.

Subsidiárias da Oi mantêm recuperação judicial

O comunicado também informa que duas empresas do grupo – Serede – Serviços de Rede S.A. e Brasil Telecom Call Center S.A. – tiveram o processamento da recuperação judicial deferido pela Justiça.
Essas subsidiárias continuam operando separadamente, com o objetivo de preservar empregos e manter contratos de prestação de serviços estratégicos ligados às operações da Oi.

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