Itaúsa (ITSA4) dispara com lucro recorde de R$ 4,12 bi no 3T25
O desempenho foi impulsionado pelo Itaú Unibanco e pelo crescimento das controladas Aegea, Motiva e Alpargatas.
Foto: Adobe Stock
A Itaúsa (ITSA4) encerrou o terceiro trimestre de 2025 com lucro líquido recorrente recorde de R$ 4,12 bilhões, crescimento de 6% em relação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho, divulgado em São Paulo, reflete a combinação entre o forte resultado do Itaú Unibanco (ITUB4) e o avanço das empresas da holding fora do setor financeiro. O balanço confirma a trajetória de valorização da companhia na B3 e fortalece a confiança dos investidores na estratégia de diversificação adotada nos últimos anos.
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Lucro recorde impulsionado pelo Itaú Unibanco e pela diversificação do portfólio
O trimestre foi marcado por uma performance sólida do Itaú Unibanco, principal ativo da holding, que manteve expansão da carteira de crédito, maior eficiência operacional e controle de despesas. Esses fatores foram decisivos para o avanço consistente da Itaúsa (ITSA4), que tem se consolidado como uma das companhias mais rentáveis e previsíveis da bolsa brasileira.
Além do desempenho robusto do banco, as empresas não financeiras também contribuíram para o resultado histórico. Aegea, Alpargatas (ALPA4) e Motiva (MOTV3) apresentaram crescimento constante e melhora nos indicadores de rentabilidade, aumentando sua relevância dentro do portfólio consolidado da holding.
O resultado reforça o foco da Itaúsa em manter um equilíbrio entre negócios financeiros e produtivos, garantindo geração de valor sustentável aos acionistas — uma característica que diferencia a companhia de outras holdings listadas na B3.
ROE elevado e consistência operacional mantêm a atratividade da Itaúsa
O retorno recorrente sobre o patrimônio líquido (ROE) atingiu 18,1% no terceiro trimestre, um leve recuo ante os 18,3% de 2024, mas ainda em um nível altamente competitivo no mercado. Essa estabilidade demonstra a resiliência da Itaúsa (ITSA4) diante de um cenário econômico desafiador, com juros ainda elevados e desaceleração global.
Mesmo com margens ajustadas, a empresa manteve uma gestão eficiente de capital, apoiada na sólida governança do grupo e em uma estratégia de longo prazo voltada para a preservação de caixa, controle de riscos e busca por oportunidades em setores estratégicos.
Segundo o balanço, o lucro proveniente do segmento não financeiro avançou 4% na base anual, reforçando a importância das participações em companhias ligadas a infraestrutura, consumo e energia como vetores de estabilidade e crescimento futuro.
Estratégia de diversificação garante crescimento sustentável
Nos últimos anos, a Itaúsa (ITSA4) vem acelerando sua diversificação de portfólio, ampliando presença em negócios fora do sistema bancário. A companhia aumentou investimentos em saneamento (Aegea), energia (Copa Energia e Motiva) e bens de consumo (Alpargatas), buscando reduzir a dependência do Itaú Unibanco e expandir fontes de receita.
Essa movimentação estratégica tem se mostrado acertada. Em meio a um ambiente de maior competição no setor financeiro, a holding conseguiu manter margens elevadas e retornos consistentes para seus acionistas. A combinação entre o resultado robusto do Itaú e o crescimento das empresas investidas reforça o posicionamento da Itaúsa como uma plataforma de investimentos diversificada e resiliente.
Perspectivas: dividendos, valorização e visão de longo prazo
Com valor de mercado acima de R$ 100 bilhões, a Itaúsa (ITSA4) segue entre as ações mais procuradas da B3 por investidores que priorizam dividendos recorrentes e gestão conservadora de capital. A geração consistente de caixa e o alto nível de governança corporativa sustentam uma política de distribuição de proventos atrativa, consolidando a empresa como um veículo estratégico de acesso indireto ao Itaú Unibanco e a outros setores essenciais da economia brasileira.
No acumulado de 2025, os papéis da Itaúsa registram valorização superior a 47%, refletindo a confiança do mercado na capacidade de entrega da holding. Mesmo com sinais de acomodação de curto prazo, analistas mantêm visão positiva para o ativo, destacando que a estrutura sólida de capital e o portfólio diversificado devem garantir continuidade no processo de valorização.
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