Uso do FGTS em imóveis sobe para até R$ 2,25 milhões com novas regras do governo
A Caixa ajustou o percentual financiado, permitindo entradas menores, e 80% dos financiamentos seguem o SFH, com juros limitados a 12% ao ano.

Entraram em vigor nesta segunda-feira (13) novas regras para o financiamento da casa própria, permitindo que o uso do FGTS em imóveis alcance o valor de até R$ 2,25 milhões. A medida faz parte do novo crédito imobiliário lançado pelo governo federal na última sexta-feira (10) e tem como objetivo ampliar o acesso à moradia para a população, facilitando a compra de imóveis de maior valor com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
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Com a atualização do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), o teto de imóvel financiável com recursos do FGTS subiu de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões. Essa mudança significa que agora imóveis mais valorizados podem ser adquiridos utilizando o saldo do FGTS para abater parcelas, reduzir o valor financiado ou amortizar o crédito.
O SFH, criado em 1964, é o principal instrumento de financiamento habitacional no Brasil e estabelece regras para ampliar o crédito imobiliário. Entre elas, está o uso do FGTS dos trabalhadores para facilitar a aquisição da casa própria, reduzindo o peso das prestações e tornando o financiamento mais acessível.
Caixa Econômica ajusta percentual de financiamento
Além da elevação do teto do SFH, a Caixa Econômica Federal anunciou mudanças nas condições de financiamento:
- No Sistema de Amortização Constante (SAC), o percentual financiado passou de 70% para 80%;
- No Sistema Price, o financiamento continua em 70%.
Esses ajustes permitem que o comprador precise dar uma entrada menor ao contratar o crédito, tornando mais viável a aquisição de imóveis de valores elevados.
Limite de juros pelo SFH garante crédito mais acessível
O novo modelo de crédito imobiliário também estabelece que 80% dos financiamentos habitacionais devem seguir as regras do SFH, que limitam os juros a 12% ao ano. Com isso, o governo busca equilibrar a expansão do crédito imobiliário com a proteção do consumidor, garantindo que o financiamento permaneça acessível mesmo em cenários econômicos variados.
Poupança: mais recursos para o crédito imobiliário
Outra mudança significativa diz respeito à utilização dos recursos da poupança no financiamento habitacional. O novo modelo prevê que a participação da poupança no crédito imobiliário seja gradualmente elevada, até permitir que 100% dos depósitos possam ser utilizados para esse fim.
A transição será gradual, com início ainda em 2025 e plena vigência prevista para janeiro de 2027. De acordo com a Caixa, essa mudança permitirá um incremento estimado de R$ 40 bilhões no orçamento destinado ao financiamento habitacional pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) nos próximos dois anos.
Essa medida cria um ciclo positivo: à medida que mais recursos são depositados na poupança, mais crédito estará disponível para a compra de imóveis, contribuindo para a expansão do setor e fortalecendo o mercado imobiliário.
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