XP (XPBR31) tem lucro de R$ 1,32 bilhão no 2T25
A XP Inc (XPBR31) reportou lucro líquido recorde de R$ 1,32 bilhão no 2º trimestre de 2025, crescimento de 18% em relação ao ano anterior e acima das expectativas do mercado.

A XP Inc (XPBR31) divulgou nesta segunda-feira (18) um lucro líquido recorde de R$ 1,32 bilhão no segundo trimestre de 2025 (2T25), resultado que representa crescimento de 18% em relação ao mesmo período do ano passado. O desempenho superou as projeções do mercado, que esperavam cerca de R$ 1,26 bilhão, segundo estimativas da LSEG. O resultado reforça a força da companhia como um dos principais provedores de serviços financeiros no Brasil, mas a queda expressiva na captação líquida acendeu sinais de alerta sobre o ritmo de crescimento.
Lucro da XP (XPBR31) supera projeções e marca novo recorde
O lucro da XP (XPBR31) no trimestre foi impulsionado pelo desempenho do segmento de varejo e pela expansão da rentabilidade. O retorno sobre o patrimônio líquido anualizado (ROAE) alcançou 24,4%, frente a 22,1% em igual período de 2024. Já o retorno sobre o patrimônio tangível (ROTE), métrica que exclui intangíveis e ágio, avançou de 27,2% para 30,1% em 12 meses.
Esses indicadores mostram que a XP conseguiu extrair mais eficiência de sua operação, mesmo em um ambiente de maior concorrência e com custos em alta. Segundo a empresa, o ROTE é a métrica mais adequada para comparar rentabilidade com outros players do setor financeiro.
Captação líquida mostra perda de fôlego
Se, por um lado, o lucro veio forte, por outro, a captação líquida total da XP caiu de forma relevante. No trimestre, o valor foi de apenas R$ 10 bilhões, uma redução significativa em comparação aos R$ 32 bilhões do 2T24 e aos R$ 24 bilhões do 1T25.
No varejo, a captação somou R$ 16 bilhões, mas ainda assim ficou 21% abaixo do trimestre anterior e 34% menor que no mesmo período de 2024. Essa desaceleração pode indicar maior cautela dos investidores diante do cenário econômico e das condições do mercado de capitais.
Receita cresce com força no varejo
A receita bruta da XP Inc (XPBR31) alcançou R$ 4,7 bilhões, aumento de 4% em comparação ao segundo trimestre do ano anterior. O varejo foi o motor de crescimento, com avanço de 9% no período.
A renda fixa foi destaque, registrando expansão de 20% e somando R$ 988 milhões em receita. Já a renda variável apresentou retração de 8% no comparativo anual, mas voltou a crescer no trimestre, avançando 7% frente aos três primeiros meses do ano e retomando a posição de maior fonte de receita.
Nos outros segmentos, o desempenho foi mais tímido: a receita institucional ficou estável em relação ao primeiro trimestre e recuou 1% no ano, para R$ 343 milhões. Já o braço de grandes empresas e mercados de capitais registrou queda de 13% em 12 meses e de 3% em relação ao trimestre imediatamente anterior.
No consolidado, a receita líquida subiu 6% na base anual, atingindo R$ 4,46 bilhões, reforçando a relevância do varejo na estratégia da XP.
Expansão de ativos e base de clientes
Apesar da desaceleração na captação, a XP ampliou sua base patrimonial. Os ativos de clientes atingiram R$ 1,372 trilhão, alta de 14% em 12 meses e de 3% em relação ao primeiro trimestre de 2025. Quando somados os ativos sob gestão, o total chegou a R$ 1,9 trilhão, crescimento de 17% em um ano.
O número de clientes ativos também evoluiu, alcançando 4,72 milhões, avanço de 1% na comparação trimestral e de 2% em 12 meses. Já a rede de assessores de investimentos se manteve praticamente estável, em 18,2 mil profissionais, contra 18,3 mil em 2024.
Esse crescimento mais moderado sugere que, embora a XP continue ampliando seu alcance, enfrenta um mercado mais competitivo, especialmente com bancos digitais e corretoras independentes reforçando sua presença.
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