A Petrobras (PETR4) resultados 2T25 serão divulgados nesta quinta-feira (7), após o fechamento do mercado, com grande expectativa do mercado financeiro. Analistas consultados projetam que a estatal registre lucro bilionário e pague dividendos expressivos, mesmo diante da queda no preço do petróleo Brent. A publicação dos números do segundo trimestre de 2025 é aguardada para avaliar a performance operacional e financeira da companhia, além de sinalizar o retorno aos acionistas.

Projeções para o lucro e Ebitda da Petrobras no 2T25

O foco principal da divulgação dos resultados da Petrobras no 2T25 está no lucro líquido e no desempenho do Ebitda, indicadores essenciais para avaliar a rentabilidade da companhia. Segundo levantamento da LSEG com analistas do mercado, a expectativa é de que a Petrobras apresente lucro de aproximadamente R$ 20,1 bilhões e um Ebitda próximo de R$ 58,15 bilhões. A receita total da petroleira deve ficar em torno de R$ 116,5 bilhões.

A XP Investimentos, uma das principais casas de análise, projeta um Ebitda estável, de cerca de US$ 10,5 bilhões, o que representa uma leve queda de 1% em relação ao trimestre anterior. Já o lucro líquido estimado é de US$ 4,8 bilhões, um recuo de 20% frente ao 1T25, mas ainda bastante expressivo, sobretudo comparado ao prejuízo registrado no 2T24. Essas projeções mostram a capacidade da Petrobras de manter bons resultados mesmo diante de desafios.

Impacto da queda do preço do petróleo Brent nos resultados

Um dos principais fatores que influenciam o resultado da Petrobras no 2T25 é o preço do petróleo Brent, que teve uma queda significativa no trimestre. O preço médio do Brent foi de cerca de US$ 67 por barril, uma redução de 12% em relação ao trimestre anterior, devido principalmente às tarifas de importação impostas pelos EUA no chamado “Liberation Day”, em abril.

Apesar dessa queda, a Petrobras conseguiu compensar parcialmente o efeito negativo por meio de maiores spreads de crack, a diferença entre o preço do petróleo e os preços dos derivados, como gasolina e diesel, no mercado interno brasileiro. Isso ocorreu porque os preços dos combustíveis não caíram na mesma proporção que o Brent, ajudando a manter a margem da empresa.

Além disso, a produção da estatal deve ter aumentado, passando de 2,2 milhões para 2,3 milhões de barris por dia, reforçando a geração de receita. Com essa combinação, o impacto da redução no preço do petróleo foi parcialmente absorvido, permitindo à Petrobras manter seus números sólidos.

Expectativa para dividendos da Petrobras no segundo trimestre

Outro ponto muito aguardado pelos investidores é o anúncio dos dividendos referentes ao 2T25. A distribuição de dividendos é uma das principais formas de remuneração aos acionistas, e as projeções indicam valores robustos.

De acordo com a XP Investimentos, a Petrobras deve distribuir cerca de US$ 2,2 bilhões em dividendos, o que equivale a aproximadamente R$ 12 bilhões, com um yield estimado em 3% sobre o preço da ação. O Bradesco BBI espera um pagamento obrigatório de dividendos na faixa de US$ 1,9 bilhão, enquanto o Goldman Sachs projeta também cerca de US$ 2,2 bilhões em dividendos ordinários.

A Genial Investimentos estima que o dividendo por ação ficará em torno de R$ 0,85, sem considerar eventuais dividendos extraordinários que podem ser anunciados. Já o Itaú BBA destaca que, com a manutenção da alta utilização das refinarias (acima de 90%) e controle nos investimentos (capex), o valor dos dividendos deve ser consistente e atrativo para os investidores.

Achou este conteúdo útil?
Siga o Melhor Investimento nas redes sociais:  Instagram | Facebook | Linkedin