A Petrobras (PETR4) pode aumentar produção do Almirante Tamandaré, seu maior navio-plataforma em operação, para 250 mil barris por dia no Campo de Búzios, localizado no pré-sal da Bacia de Santos. A medida visa aproveitar a alta produtividade do campo e reforçar a posição da estatal como líder na produção de petróleo no Brasil. Atualmente, a unidade já opera com capacidade máxima de 225 mil barris/dia, atingida três meses antes do previsto, mostrando a eficiência do projeto e a qualidade do reservatório.

A diretora-executiva de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia dos Anjos, anunciou a possibilidade de expansão durante um evento do setor naval no Centro Cultural da FGV, destacando que a companhia busca alternativas para fazer mais com menos, especialmente em um momento de preços mais baixos do petróleo.

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Expansão do Almirante Tamandaré e aprovação regulatória

O projeto de aumentar a produção do Almirante Tamandaré ainda depende do aval do Ibama e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Além disso, ajustes contratuais com a SBM, afretadora do navio-plataforma, serão necessários para viabilizar a ampliação da produção.

Segundo Sylvia dos Anjos, a capacidade de 250 mil barris por dia é considerada viável, enquanto 270 mil barris seria um valor exagerado. “Estamos trabalhando para ampliar a produção nesta casa, mas também avaliamos outras unidades, como o Duque de Caxias”, afirmou a diretora.

O Almirante Tamandaré entrou em operação em fevereiro deste ano e se tornou rapidamente um dos ativos mais produtivos da Petrobras. A possibilidade de aumentar sua capacidade reforça a importância estratégica da Bacia de Santos no portfólio da estatal.

Outras plataformas em análise

Além do Almirante Tamandaré, a Petrobras estuda ampliar a produção de outras plataformas. Entre elas está o Duque de Caxias, localizada no campo de Mero, também na Bacia de Santos, que opera em parceria com a Modec. A empresa ainda avalia um terceiro ativo, mas não revelou qual plataforma seria.

Renata Baruzzi, diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, explicou que os projetos são planejados com folgas de capacidade. “A SBM já trabalha para possibilitar que o navio alcance 270 mil barris por dia. Sempre existe espaço para alavancar a produção”, comentou Baruzzi, reforçando que a expansão é tecnicamente possível.

Contexto estratégico e impactos da expansão

O aumento da produção das plataformas faz parte de uma estratégia da Petrobras de maximizar a eficiência operacional e aproveitar ao máximo os campos de alta produtividade no pré-sal. Com a expansão, o Campo de Búzios pode se tornar o maior produtor de petróleo do Brasil, superando Tupi, consolidando a liderança do país na produção de óleo offshore.

Especialistas destacam que projetos como o Almirante Tamandaré são fundamentais para manter a competitividade da estatal em um cenário de preços globais de petróleo mais baixos. A iniciativa de expandir a capacidade das plataformas também contribui para o aumento da oferta interna de petróleo, fortalecendo a segurança energética do Brasil e gerando mais receitas para investimentos futuros.

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