Novo Presidente do STF: Fachin é eleito; Alexandre de Moraes será vice
O que esperar da dupla que marcou a Lava Jato e embates políticos nos próximos dois anos?
Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo
O ministro Edson Fachin assumirá a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) a partir de 29 de setembro de 2025, tendo Alexandre de Moraes como vice-presidente. A eleição ocorreu nesta quarta-feira (13), em sessão interna da Corte, e seguirá até 2027. Fachin sucederá Luís Roberto Barroso, atual presidente do STF.
A votação, secreta e realizada entre os próprios ministros, seguiu a tradição de eleger o integrante mais antigo que ainda não ocupou o cargo. Fachin e Moraes receberam dez votos cada, já que o regimento interno impede o voto no próprio nome. Além de comandar o STF, Fachin também presidirá o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Natural de Rondinha (RS), Edson Fachin tem 67 anos e foi indicado ao Supremo em 2015 pela então presidente Dilma Rousseff (PT). Doutor em Direito Civil e professor titular da Universidade Federal do Paraná (UFPR), ele também atuou como procurador do Estado do Paraná e participou da reforma do Judiciário e da elaboração do novo Código Civil. No STF, se destacou pela relatoria da Operação Lava Jato após a morte do ministro Teori Zavascki, acumulando mais de 53 mil processos analisados.
Prioridades e perfil de gestão de Edson Fachin
A gestão de Fachin deverá ser marcada por um perfil discreto e conciliador, com ênfase na harmonia entre os Poderes e na construção de consensos. Em discurso, o novo presidente destacou a importância da defesa dos direitos humanos e da autonomia do Judiciário, alertando para “tentativas de erosão democrática” e “ataques à independência judicial”.
Alexandre de Moraes, que já trabalhou com Fachin no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou que é “uma grande honra novamente poder ser vice-presidente” do ministro. Moraes é cotado para assumir a presidência do STF em 2027, seguindo o critério de antiguidade.
Linha sucessória para presidente do STF
A linha sucessória prevista inclui, após Moraes, Kassio Nunes Marques (2029-2031), André Mendonça (2031-2033) e Cristiano Zanin (2033-2035), mantendo a tradição da Corte de respeitar a antiguidade e a experiência de seus integrantes.
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