A produção da Petrobras atingiu um novo patamar no segundo trimestre de 2025, impulsionada pela operação de novas plataformas e pelo avanço nos campos produtores, mesmo diante de desafios naturais como o declínio em áreas maduras. Com uma média diária de 2,91 milhões de barris de óleo equivalente (boed), a estatal superou as expectativas do mercado e preparou o terreno para resultados financeiros que serão divulgados no dia 7 de agosto. Analistas projetam lucros robustos e dividendos atrativos para os acionistas, mesmo com preços de petróleo pressionados para baixo.

Produção da Petrobras cresce 7,6% no 2º trimestre e bate recorde histórico

Entre abril e junho de 2025, a Petrobras registrou um crescimento de 7,6% na sua produção de petróleo em comparação ao mesmo período do ano passado. A média diária total, que considera óleo e gás natural, atingiu 2,91 milhões de barris de óleo equivalente, um número recorde para a companhia. No Brasil, a produção chegou a 2,32 milhões de barris por dia, um avanço de quase 5% em relação ao primeiro trimestre do ano.

Este aumento foi possível graças ao avanço operacional de plataformas importantes, como o FPSO P-78, recém-saído do estaleiro de Cingapura, e à maior produção nos campos de Búzios, onde a Petrobras detém cerca de 89% de participação. A entrada em operação de unidades como o FPSO Alexandre de Gusmão também contribuiu para compensar o declínio natural em campos mais antigos, como o de Tupi, que continua sendo o maior produtor do país, mesmo em queda.

Projeções financeiras para o 2º trimestre: lucro, EBITDA e dividendos

Com a produção da Petrobras em alta, o mercado financeiro já projeta o desempenho da empresa no 2º trimestre. A divulgação oficial dos resultados está prevista para o dia 7 de agosto de 2025. Analistas de diferentes instituições financeiras estimam que o lucro líquido da estatal deve ficar em torno de US$ 4,8 bilhões, enquanto o EBITDA pode variar entre US$ 9,4 bilhões e US$ 10,5 bilhões.

Apesar do avanço operacional, o cenário de preços do petróleo e dos combustíveis impacta os resultados. Os preços do Brent, do diesel e da gasolina sofreram quedas no trimestre, o que deve pressionar os lucros. Por isso, os dividendos esperados para os acionistas também refletem essa conjuntura, ficando estimados entre US$ 1,9 bilhão e US$ 2,2 bilhões, o que corresponde a um yield aproximado entre 2,5% e 3,0%.

Análise dos principais bancos e corretoras sobre a produção da Petrobras e os resultados esperados

Diversas casas de análise acompanharam o desempenho operacional e já manifestaram suas opiniões sobre os resultados da Petrobras. A XP Investimentos destacou a continuidade do crescimento sequencial da produção e acredita que a tendência deve se manter nos próximos trimestres, especialmente com o ramp-up dos FPSOs em Búzios.

O Bradesco BBI manteve sua projeção de EBITDA em US$ 9,97 bilhões para o 2T25, ressaltando que o aumento da produção tende a compensar os preços mais baixos dos combustíveis. Já o Itaú BBA alertou para um cenário macroeconômico desafiador, prevendo queda no EBITDA e dividendos menores, por conta do recuo nos preços do petróleo.

A Genial considerou os dados de produção positivos, ressaltando o recorde alcançado e a boa capacidade de execução da empresa, enquanto o Morgan Stanley vê potencial para surpresas positivas nos lucros caso a execução continue eficiente e os preços do petróleo se mantenham estáveis.

Gostou deste conteúdo? Siga o Melhor Investimento nas redes sociais: 

Instagram | Linkedin