A máxima de que o Bitcoin era uma boa opção só pra quem entrou lá em 2013 contrasta com a visão, cada vez mais forte, de que ainda vale, sim, se posicionar no mercado de criptomoedas.

O fato é que, só no primeiro semestre de 2025, o Bitcoin atingiu valorização recorde de mais de 15% e superou a marca histórica de US$ 111 mil, acumulando alta de 130% em 12 meses.

Cético ou otimista, o investidor já percebe: as criptomoedas vêm, sim, ganhando espaço no mercado, puxadas por movimentos globais: maior adoção institucional e um ambiente regulatório que começa a favorecer a entrada de novos perfis.

Bitcoin como reserva de valor: o movimento da Méliuz

Exemplificando a crescente na adoção institucional de criptomoedas no mercado brasileiro, o Méliuz (CASH3), plataforma digital conhecida por oferecer cupons de desconto e cashback em compras online e em lojas físicas, deu um passo ousado.

Em assembleia, os acionistas aprovaram a mudança no objeto social da empresa: a nova estratégia de geração de valor passa a ser o acúmulo de Bitcoin como reserva patrimonial.

A movimentação começou com a compra de 45 bitcoins a cerca de US$ 90 mil cada. Logo depois, a empresa anunciou a alocação de mais R$ 60 milhões, o que representa aproximadamente 80% do caixa disponível direcionado para criptoativos.

Essa abordagem posiciona a Méliuz como pioneira no Brasil, adotando uma tática parecida com a da MicroStrategy nos Estados Unidos, uma das primeiras empresas de capital aberto no mundo a usar o Bitcoin como estratégia principal de capital.

“O mercado premia isso. Assim como aconteceu com a MicroStrategy nos EUA, desde que a estratégia foi aprovada, o volume médio das ações disparou. A empresa passa a ser muito mais procurada, os investidores se interessam mais, há aumento de capital… É uma estratégia que está se consolidando”, afirmou Theodoro Fleury, gestor da QR Asset.



Tokenização e regulação: o que muda para o investidor

Murilo Cortina, diretor comercial da QR Asset, destaca como a regulamentação tem sido um motor importante para o desenvolvimento do setor:

“A tokenização de ativos traz consigo o aspecto regulatório. É a mudança tecnológica caminhando junto com a mudança institucional. Isso facilita, viabiliza e acelera as transformações no mercado.”

Então, é hora de investir em criptomoedas?

Essa é a discussão conduzida por Tatiana Guedes, gerente de produtos da InvestSmart, com o time da QR Asset — Murilo Cortina, diretor comercial, e Theodoro Fleury, gestor da casa — no bate-papo “Por que incluir cripto no portfólio?”.

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Pedro Gomes

Jornalista formado pela UniCarioca, com experiência em esportes, mercado imobiliário e edtechs. Desde 2023, integra a equipe do Melhor Investimento.