O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), utilizado como uma espécie de termômetro do Produto Interno Bruto (PIB), apresentou crescimento de 0,4% em fevereiro de 2025, superando as estimativas de analistas. O resultado, divulgado nesta sexta-feira (11) pelo Banco Central (BC), indica que a economia brasileira mantém trajetória de expansão mesmo diante de um cenário global ainda desafiador.

A expectativa dos economistas, medida por pesquisa da Reuters, era de alta de 0,15% no mês, o que torna o resultado ainda mais relevante para o mercado financeiro e para a política monetária do país.

IBC-Br surpreende com desempenho acima do previsto

O crescimento de 0,4% registrado pelo IBC-Br em fevereiro, na comparação com janeiro, reforça a percepção de uma retomada mais firme da atividade econômica no primeiro trimestre de 2025. O índice, que atingiu 106,60 pontos na série com ajuste sazonal, veio bem acima da mediana das previsões do mercado, que apontavam uma expansão mais modesta.

Esse desempenho melhor que o esperado levanta discussões sobre o ritmo de crescimento do PIB brasileiro neste início de ano. Como o IBC-Br é considerado uma prévia do PIB, os dados indicam que o resultado oficial do primeiro trimestre pode vir mais robusto do que o inicialmente projetado por economistas.

Vale lembrar que o IBC-Br é um dos principais indicadores acompanhados pelo Banco Central para embasar suas decisões de política monetária, incluindo a definição da taxa básica de juros, a Selic.

Atividade econômica acelera na comparação anual

O bom desempenho de fevereiro não se limitou à comparação mensal. Em relação ao mesmo mês de 2024, o IBC-Br teve uma elevação expressiva de 4,1%, o que reforça o momento positivo da economia brasileira.

Já no acumulado de 12 meses encerrados em fevereiro, o índice avançou 3,8%, mantendo uma tendência de crescimento sustentado que vem se desenhando desde o segundo semestre de 2024. Esse movimento contínuo indica que, apesar de alguns desafios estruturais, a economia do país segue em expansão.

Esses números sugerem um aumento do consumo, da produção e do investimento privado, que têm sido impulsionados por uma combinação de fatores como inflação sob controle, queda gradual nos juros e melhora no mercado de trabalho.

Entenda o que é o IBC-Br e por que ele importa

Criado pelo Banco Central, o IBC-Br é um indicador que busca medir o nível da atividade econômica do país entre as divulgações trimestrais do PIB pelo IBGE. Por isso, é amplamente utilizado por economistas, investidores e formuladores de política econômica como uma espécie de termômetro da economia brasileira.

O índice é construído com base em dados de produção da indústria, comércio, serviços e agropecuária, além de informações sobre o volume de impostos. Seu principal objetivo é oferecer uma estimativa de curto prazo do desempenho da economia, o que o torna uma ferramenta fundamental para análises de conjuntura.

Embora não substitua os dados oficiais do PIB, o IBC-Br é considerado um bom sinalizador das tendências de crescimento, sendo utilizado também pelo mercado para projeções e tomada de decisão em investimentos.