Preço do Petróleo pode cair abaixo de US$ 40 até 2026, segundo Goldman Sachs
A análise do banco abrange diferentes cenários para os preços futuros do petróleo.
Imagem: Reprodução
O banco Goldman Sachs divulgou no início da semana, um novo relatório com projeções para o mercado de petróleo até o fim de 2026. A análise aponta que, em um cenário extremo, o preço do barril do tipo Brent pode recuar para menos de US$ 40, patamar não registrado desde o início da pandemia em 2020.
Cenário base prevê queda moderada nos preços
A previsão principal do banco considera um ambiente econômico relativamente estável, sem recessão nos Estados Unidos e com um aumento gradual na produção por parte da Opep+. Nesse cenário moderado, o Brent poderia atingir US$ 55 por barril até dezembro de 2026, enquanto o WTI (West Texas Intermediate) chegaria a US$ 51 no mesmo período.
As projeções partem da expectativa de que os EUA conseguirão evitar uma recessão graças à implementação de cortes tarifários relevantes previstos para começarem em 9 de abril. Além disso, espera-se que a Opep+ aumente sua produção de forma cautelosa, com acréscimos de 130 mil a 140 mil barris por dia em junho e julho.
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Possíveis variações no preço do petróleo
O relatório também contempla cenários alternativos. Caso haja uma reversão na política tarifária americana, os preços do petróleo podem ultrapassar os níveis estimados. Por outro lado, se os EUA entrarem em recessão, mesmo que a Opep+ mantenha sua estratégia de produção, o Brent poderá cair para US$ 58 ao final de 2025 e para US$ 50 em 2026.
Em uma conjuntura ainda mais desafiadora — com uma desaceleração global e o fim dos cortes de produção da Opep+ — o preço do Brent pode despencar para menos de US$ 40, alerta o Goldman Sachs.
Fatores que limitam quedas mais acentuadas
Segundo os analistas, dois elementos devem evitar um colapso ainda maior nos preços: a produção de petróleo de xisto nos Estados Unidos, que tende a estabelecer um piso mais sólido, e a perspectiva de que, se houver recessão nos EUA em 2025, ela será branda, devido ao equilíbrio financeiro atual no setor privado.
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