O número de mulheres investindo na Bolsa de Valores brasileira (B3) tem apresentado um crescimento significativo nos últimos anos, com destaque para o aumento no número de investidoras em renda variável e no Tesouro Direto. De acordo com dados exclusivos da B3, o número de mulheres que investem na bolsa e em títulos públicos federais continua a crescer, refletindo uma maior participação feminina no mercado financeiro e o fortalecimento da educação financeira no Brasil.

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Crescimento notável de investidoras em renda variável e Tesouro Direto

Nos últimos cinco anos, a quantidade de mulheres investindo em renda variável aumentou 85,6%, alcançando 1,381 milhão de investidoras em dezembro de 2024. Ao mesmo tempo, o número de mulheres que investiram no Tesouro Direto ultrapassou a marca de 1 milhão, totalizando 1.049.097 investidoras em 2024. Esse crescimento, especialmente em um período de 12 meses, reflete a crescente confiança das mulheres no mercado financeiro e a busca por diversificação de investimentos.

O Tesouro Direto, lançado em 2002, tem sido uma das principais opções para as investidoras que buscam segurança e rentabilidade. O produto, que não exige um valor mínimo de aporte e permite investimentos de até R$ 2 milhões, tem se mostrado acessível e atraente para mulheres que buscam maior controle sobre suas finanças pessoais.

Evolução por faixa etária: mulheres jovens lideram investimentos

A faixa etária entre 25 e 39 anos é a que mais cresce no número de mulheres investidoras em renda variável, com 605.932 mulheres registradas. As mulheres mais jovens, com idades entre 18 e 24 anos, também têm mostrado interesse crescente pelo mercado financeiro, com um total de 84.094 investidoras. Esse aumento reflete o maior acesso a informações financeiras, principalmente por meio de plataformas digitais e programas educacionais como o Bora Investir, da própria B3.

As mulheres na faixa etária de 40 a 59 anos, embora um pouco atrás, ainda representam uma fatia significativa do mercado de renda variável, com 493.386 investidoras. Já as investidoras com 60 anos ou mais somam 178.538, destacando a diversificação etária e a busca por conhecimento financeiro em diferentes estágios da vida.

Distribuição geográfica

As regiões Sudeste e Sul continuam a liderar o ranking de mulheres investidoras. São Paulo é o estado com o maior número de investidoras, com 522.124 mulheres, seguido por Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. O estado paulista teve um aumento de 6% em 12 meses, refletindo a crescente adesão ao mercado de ações.

O Rio de Janeiro e Minas Gerais também tiveram aumentos significativos, com 8% de crescimento no número de investidoras. Porém, é importante notar o aumento proporcional no Nordeste e Norte do Brasil, regiões que vêm ganhando destaque no cenário de investimentos. A Bahia, com 48.742 investidoras, e o Ceará, com 28.916, lideram no Nordeste, enquanto o Amazonas se destacou com o maior crescimento proporcional de 10,13%, atingindo 11.736 mulheres investidoras.

O aumento no número de mulheres investindo é um reflexo do avanço na educação financeira e da busca por autonomia econômica. Christianne Bariquelli, superintendente de Educação da B3, explica que as mulheres, em geral, se preparam de forma mais cautelosa antes de começar a investir. Esse comportamento é evidenciado pela diversificação de seus portfólios, o que demonstra uma maior conscientização sobre a importância de se proteger e aproveitar o potencial do mercado financeiro.

Além disso, a B3 tem se dedicado a disponibilizar conteúdos educativos gratuitos, por meio de canais como B3 Educação e o aplicativo HUB3, com o objetivo de fomentar o conhecimento e facilitar o acesso ao mercado financeiro.

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