A Meta Platforms iniciou uma nova rodada de demissões que afetará cerca de 5% de sua força de trabalho, o equivalente a aproximadamente 3.700 funcionários. Essa reestruturação, que começou nesta segunda-feira, ocorre em um contexto de mudanças internas dentro da gigante da tecnologia, com foco na melhoria do desempenho e investimentos em inteligência artificial. Mark Zuckerberg, CEO da Meta, já havia antecipado essas demissões no mês passado, declarando que o objetivo seria afastar colaboradores de baixo desempenho e reforçar o compromisso da empresa com a excelência.

O que motivou as demissões?

De acordo com informações do Wall Street Journal, as demissões estão centradas no que Zuckerberg descreve como “funcionários de baixo desempenho”. Esse movimento reflete uma estratégia da Meta para aumentar a exigência na gestão de desempenho dentro da empresa, como parte de um esforço para manter a competitividade no setor de tecnologia.

Em comunicado recente, Mark Zuckerberg explicou que o processo de desligamento de funcionários seria mais ágil, priorizando aqueles que não estivessem alinhados com os altos padrões de entrega que a Meta espera de seus colaboradores. A Meta, porém, afirma que as vagas serão repostas ao longo do tempo, com o objetivo de fortalecer a empresa em áreas estratégicas. A decisão reflete um momento de reestruturação interna para focar em áreas de alto crescimento, como a inteligência artificial, a principal aposta da empresa para o futuro.

Impacto das mudanças no mercado e no valor das ações

Embora o anúncio de demissões tenha gerado preocupações, as ações da Meta mostraram um desempenho positivo, com alta superior a 15% no último mês. Esse movimento contrastou com o desempenho de outras grandes empresas de tecnologia, como Microsoft e Alphabet, que enfrentaram desafios com os altos custos de investimento em inteligência artificial. O valor das ações da Meta subiu em meio a expectativas do mercado sobre sua nova estratégia de foco em IA, considerada a chave para o crescimento da empresa nos próximos anos.

Além disso, com o aumento dos investimentos em IA, a Meta se posiciona para continuar sua trajetória de inovação e crescimento, mesmo com as mudanças no quadro de funcionários. O mercado tem reagido positivamente à ideia de que a Meta se concentrará mais em áreas de alta tecnologia, o que é visto como uma tentativa de impulsionar a eficiência e o desempenho a longo prazo.

Mudanças estruturais dentro da Meta

As demissões não são o único movimento significativo da Meta nos últimos meses. Em janeiro, a empresa revisou suas práticas de moderação de conteúdo, realizando mudanças significativas em sua política interna. A Meta também eliminou sua equipe dedicada à diversidade, uma decisão que gerou controvérsias, mas que faz parte de uma revisão mais ampla das operações internas da companhia. Essas mudanças visam tornar a empresa mais ágil e focada em áreas de maior retorno.

No entanto, a principal mudança observada é o aumento do foco em inteligência artificial, uma área considerada essencial para a competitividade das empresas de tecnologia no futuro. A Meta anunciou que sua previsão de despesas de capital para 2025 gira em torno de US$ 60 bilhões a US$ 65 bilhões, sendo que a maior parte desses recursos será destinada a iniciativas em IA. Essa estratégia busca solidificar o papel da Meta como líder em inovações tecnológicas, especialmente no setor de IA e realidade aumentada.

Investimentos em inteligência artificial

A Meta está posicionando a inteligência artificial como uma das suas prioridades estratégicas para o futuro. A companhia planeja investir bilhões de dólares para consolidar sua infraestrutura de IA, com o objetivo de melhorar seus produtos e expandir suas soluções tecnológicas. Zuckerberg, em comunicado interno, ressaltou que a IA é vista como uma ferramenta crucial para o crescimento da empresa e para garantir que ela se mantenha competitiva frente a outras gigantes do setor.