Trump anuncia novas tarifas de 25% sobre aço e alumínio, afetando exportações do Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou novas tarifas de 25% sobre aço e alumínio importados do Brasil.

Neste domingo, 9 de fevereiro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que anunciará tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio para o país, incluindo aqueles produtos exportados pelo Brasil. Esta medida marca uma reviravolta nas relações comerciais entre os dois países e poderá afetar diretamente as exportações brasileiras de aço e alumínio para o mercado norte-americano.
Trump fez o anúncio durante uma conversa com repórteres no Força Aérea Um, deixando claro que essas novas tarifas entrarão em vigor na segunda-feira, 10 de fevereiro. Embora a decisão impacte uma série de países, o Brasil é um dos principais fornecedores de aço e alumínio para os EUA. O Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) foi procurado para comentar sobre o assunto, mas se manteve em silêncio até o momento.
As tarifas de 25% sobre o aço e alumínio visam reduzir a dependência dos EUA de importações e fortalecer a indústria interna. Contudo, essa decisão está em linha com a política protecionista adotada por Trump durante seu mandato, que busca melhorar o saldo comercial dos Estados Unidos e proteger suas indústrias de metalurgia.
Além da decisão sobre o aço e o alumínio, Trump também anunciou que, entre terça-feira (11) e quarta-feira (12), outras tarifas recíprocas serão impostas. Essas tarifas afetarão países que, segundo Trump, estão “tirando vantagem dos EUA”. O presidente não detalhou quais nações serão atingidas diretamente por essas medidas, mas a estratégia de reciprocidade visa equilibrar o comércio exterior dos Estados Unidos com parceiros comerciais.
Esse movimento é uma continuação de sua política comercial agressiva, que já incluiu a imposição de tarifas sobre produtos chineses e negociações comerciais com o Canadá e o México. Durante seu primeiro mandato, Trump foi responsável por aumentar tarifas sobre uma série de produtos estrangeiros, principalmente metais e produtos industriais, com a justificativa de que as tarifas eram necessárias para proteger os empregos norte-americanos.
O mercado global de aço e alumínio já está acostumado com medidas protecionistas. No entanto, essas tarifas poderão gerar retaliações significativas, principalmente de países como a China. As tarifas retaliatórias de Pequim, que entraram em vigor neste domingo, 9 de fevereiro, já afetam os produtos americanos, com a imposição de taxas sobre importações dos EUA, incluindo itens como carne de porco e soja. O agravamento das tensões comerciais pode aumentar os custos para os consumidores em diversos mercados, incluindo os Estados Unidos, e criar desafios para empresas que dependem de insumos importados.