Trump ameaça anexar o Canadá, tomar a Groenlândia e o Canal do Panamá

Em uma entrevista recente, Donald Trump fez declarações polêmicas, propondo a anexação do Canadá, a tomada do Canal do Panamá e a Groenlândia, além de sugerir mudar o nome do Golfo do México.

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Última atualização:  08 de jan, 2025 às 14:25
Trump ameaça anexar o Canadá, tomar a Groenlândia e o Canal do Panamá Trump ameaça anexar o Canadá, tomar a Groenlândia e o Canal do Panamá

Durante uma entrevista coletiva recente, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, fez declarações controversas e inesperadas sobre seus planos para expandir o território dos EUA. Entre as ameaças mencionadas, destacam-se a anexação do Canadá, a tomada do Canal do Panamá e a Groenlândia, além de sugerir uma mudança no nome do Golfo do México. As declarações geraram um debate internacional sobre as intenções de Trump e os impactos que essas propostas poderiam causar nas relações diplomáticas e econômicas dos Estados Unidos com seus vizinhos.

O que Donald Trump propôs e quando?

Na coletiva, Donald Trump fez declarações sobre suas intenções de modificar a geografia e a política internacional do continente americano. As mais impactantes incluem:

  1. Anexação do Canadá aos EUA: Trump sugeriu que o Canadá poderia se tornar o 51º estado dos Estados Unidos. Ele argumentou que a integração seria benéfica para os dois países, destacando vantagens econômicas, como a eliminação de tarifas e a redução de impostos. Além disso, o presidente eleito mencionou que os EUA gastam muito para proteger o Canadá e que isso poderia ser resolvido por meio da união dos países.
  2. Tomada do Canal do Panamá: Trump declarou que usaria força econômica, como sanções e aumento de tarifas, para alterar as condições do Canal do Panamá, que ele considerava excessivas. Ele ainda insinuou o uso de força militar caso fosse necessário, com o objetivo de minimizar a presença chinesa na região e garantir maior controle dos EUA sobre essa rota estratégica de navegação.
  3. Domínio sobre a Groenlândia: Trump falou sobre a necessidade de o território da Groenlândia ser integrado aos Estados Unidos, destacando seu valor estratégico para a segurança nacional, além do potencial mineral e energético que a região oferece. O presidente eleito indicou que a Groenlândia possui recursos preciosos, como petróleo e gás natural, e que sua anexação seria benéfica para a defesa dos EUA, especialmente com a construção de sistemas de defesa contra mísseis.
  4. Mudança do nome do Golfo do México: Trump também sugeriu que o Golfo do México passasse a ser chamado de “Golfo da América”. Ele justificou a proposta afirmando que os Estados Unidos desempenham o papel mais importante na região e que o nome deveria refletir essa liderança.

Reações internacionais e o impacto nas relações exteriores

As declarações de Trump não passaram despercebidas. Logo após a entrevista, autoridades de vários países envolvidos se manifestaram. Abaixo estão alguns dos principais posicionamentos:

  • Panamá: O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, declarou que o Canal do Panamá é de soberania panamenha e que qualquer tentativa de mudar seu status ou cobrar tarifas diferentes seria inaceitável. A autoridade panamenha enfatizou que o canal foi devolvido ao Panamá pelos Estados Unidos em 1999, e sua gestão é uma questão de soberania nacional.
  • Groenlândia: O governo dinamarquês, responsável pela Groenlândia, reagiu à proposta de Trump com firmeza, reiterando que o território não está à venda. A ministra das Relações Exteriores da Dinamarca, Lars Løkke Rasmussen, afirmou que a Groenlândia é parte integrante do Reino da Dinamarca e que qualquer tentativa de aquisição seria infrutífera.
  • Canadá: O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, também se posicionou contra a proposta de Trump. Ele classificou a ideia de anexação do Canadá como absurda e reafirmou que o país continuará a ser soberano e independente, apesar das pressões externas.

Por que Trump fez essas propostas?

A motivação por trás das declarações de Trump parece estar ligada a sua visão de uma América mais forte e autossuficiente. Ele argumenta que, ao integrar o Canadá e a Groenlândia aos Estados Unidos, o país poderia se beneficiar economicamente e estrategicamente, além de eliminar o custo de proteger essas nações. As propostas também refletem sua postura agressiva em relação ao comércio internacional, em especial às tarifas cobradas em rotas comerciais estratégicas como o Canal do Panamá.

Além disso, o presidente eleito parece estar disposto a moldar uma política externa mais assertiva, onde os interesses dos EUA são priorizados. A referência ao Golfo do México como “Golfo da América” pode ser vista como uma tentativa de reafirmar o papel dominante dos Estados Unidos na região, em um momento em que a crescente influência chinesa é vista como uma ameaça.