O Ibovespa terminou o dia com uma leve alta de 0,11%, fechando aos 130.660,75 pontos, refletindo a força de Itaú Unibanco (ITUB4), que subiu 3,00% após um balanço trimestral positivo. O dólar comercial acompanhou a queda da moeda americana no mercado externo e encerrou com uma desvalorização de 0,63%, a R$ 5,74. Enquanto isso, as ações de grandes empresas como Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) enfrentaram quedas, apesar da alta do petróleo no mercado internacional.

O índice Ibovespa começou o dia com uma tendência de alta, mas fechou quase estável, com um ganho de apenas 145,96 pontos. A alta de 3,00% das ações do Itaú Unibanco foi o principal motor dessa leve valorização. O banco superou as expectativas do mercado com seus resultados trimestrais, e o presidente da instituição indicou a possibilidade de dividendos extraordinários, o que contribuiu para o otimismo.

Por outro lado, as ações da Vale (VALE3) registraram uma queda de 0,88%, apesar de um começo positivo para o dia. A Petrobras (PETR4) também enfrentou uma desvalorização de 0,31%, contrariando a alta do petróleo no mercado internacional. O cenário foi de um equilíbrio entre as altas e quedas no índice, refletindo o impacto de grandes empresas, com destaque para Itaú no lado positivo e Vale e Petrobras nos negativos.

Em contrapartida, Embraer (EMBR3) teve um desempenho positivo, com alta de 0,55%, acumulando impressionantes 120% de valorização no ano, refletindo um bom desempenho dentro do setor aéreo. A Azul (AZUL4), que continua a passar por volatilidade, fechou com uma valorização de 3,11%, mas ainda enfrenta uma queda superior a 60% no acumulado do ano.

Maiores altas do Ibovespa hoje (05)

TickerValor por ação (R$)Valorização (%)
PETZ3+3.82%R$ 5,43
TOTS3+3.74%R$ 34,42
ITSA4+3.66%R$ 11,06
AZUL4+3.11%R$ 5,31
RADL3+3.06%R$ 25,95

Maiores quedas do Ibovespa hoje (05)

TickerValor por ação (R$)Valorização (%)
CRFB3-5.16%R$ 7,72
TIMS3-3.93%R$ 16,13
NTCO3-2.26%R$ 14,28
BEEF3-2.19%R$ 5,80
CXSE3-1.79%R$ 14,58

Expectativas internacionais e o impacto das eleições nos EUA

O cenário nos Estados Unidos é de grande atenção, com o Dia das Eleições mobilizando investidores e analistas ao redor do mundo. Embora os resultados possam demorar a ser definidos, o impacto na economia global é inegável. A disputa presidencial entre o ex-presidente Donald Trump e a candidata histórica pode ter um impacto significativo sobre os mercados, com diferentes implicações para políticas econômicas e fiscais.

O analista político da XP, Sol Azcune, indicou que Trump ainda é considerado ligeiramente favorito nas pesquisas, embora o resultado final continue incerto. A expectativa é de que o Congresso dos EUA também esteja dividido, o que pode influenciar o comportamento do mercado, especialmente em relação às políticas fiscais e monetárias do próximo governo.

Os investidores estão aguardando com atenção os primeiros resultados das urnas e suas implicações para o futuro econômico dos EUA. A volatilidade é esperada, e isso também pode refletir no comportamento do Ibovespa, dada a interconexão das economias global e brasileira.

Ibovespa, dólar e índice das bolsas americanas

NomeFechamento Variação em ptsVariação em %
🇧🇷 Bovespa130.661+146+0,11%
🇧🇷 USD/BRL5,7508-0,0403-0,70%
🇺🇸 S&P 5005.782,76+70,07+1,23%

Fatores internos: reforma tributária e decisão do Copom

No cenário interno, a reforma tributária continua sendo um dos principais temas no radar dos investidores. O secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, alertou para o tempo apertado para a regulamentação da reforma ainda neste ano. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também se manifestou favoravelmente, pedindo que setores econômicos e parlamentares não coloquem obstáculos intransponíveis no caminho da aprovação.

Além disso, o debate sobre a política fiscal segue em alta, com o governo discutindo medidas para conter os gastos públicos e equilibrar as contas do Estado. Informações recentes indicam que podem ser feitas mudanças no cálculo dos piso de Saúde e Educação, que têm sido pontos de tensão nas discussões fiscais do governo.

Outro ponto crucial para os mercados locais será a decisão do Banco Central do Brasil (Bacen) sobre a taxa de juros (Selic). A reunião do Copom ocorre neste contexto de cautela, e a maioria dos analistas aposta em um aumento de 0,5 ponto percentual. A decisão, que será divulgada amanhã após o fechamento do mercado, terá grande impacto nas expectativas sobre a inflação e o crescimento econômico do Brasil no curto prazo.

Petróleo: alta no mercado internacional e comportamento das petroleiras

O preço do petróleo continua a atrair a atenção dos investidores. No mercado internacional, os preços do petróleo WTI e Brent subiram, com o WTI fechando a US$ 71,99 e o Brent a US$ 75,53. Essa alta no preço do petróleo reflete a expectativa de escassez no fornecimento, com a Opep+ adiando os planos de aumentar a produção em dezembro. No entanto, Petrobras (PETR4) não conseguiu seguir a tendência positiva, registrando uma queda de 0,31%, apesar da alta do petróleo.

No mercado brasileiro, as petroleiras juniores, como PRIO (PRIO3), terminaram o dia de forma mista. PRIO3, por exemplo, fechou com queda de 1,35%, mesmo no dia em que a empresa divulgou seu balanço trimestral.