O atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), foi reeleito no segundo turno. Com 99% das urnas apuradas, Nunes obteve 59,3% dos votos, totalizando 3,3 milhões de eleitores, enquanto Guilherme Boulos (PSOL) alcançou 40,62%. 

As pesquisas já apontavam Nunes como favorito, especialmente após sua vitória no primeiro turno, em uma disputa acirrada na qual Pablo Marçal conquistou o terceiro lugar, com 28,15% dos votos.

Boulos, que contava com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tinha como vice a petista Marta Suplicy, venceu em apenas três zonas eleitorais. A apuração indica uma significativa migração dos votos de Marçal para Nunes.

A vitória representa um marco para o MDB, que assumirá a prefeitura paulistana pela primeira vez. Nunes é filiado ao partido desde os 18 anos e foi eleito com o apoio do governador Tarcísio de Freitas, do ex-presidente Jair Bolsonaro, e de outras lideranças da direita.

Trajétoria política

A trajetória política de Ricardo Nunes começou aos 21 anos, quando disputou sua primeira eleição para vereador em São Paulo, mas não foi eleito. Vinte anos depois, em 2012, conseguiu seu primeiro mandato na Câmara Municipal, com mais de 30 mil votos. Em 2016, foi reeleito com 55 mil votos.

Nunes atuou como presidente da Associação Empresarial Região Sul (Aesul) e fundou a Associação das Empresas Controladoras de Pragas do Estado de São Paulo (Adesp). Além disso, há mais de 20 anos, realiza trabalho voluntário na Sociedade Beneficente Equilíbrio de Interlagos (Sobei).

Com um perfil político conservador, durante seu mandato como vereador, o prefeito tentou excluir menções a gênero do Plano Municipal de Educação, argumentando que temas relacionados à sexualidade não deveriam ser tratados em sala de aula.

Em 2020, foi eleito vice-prefeito na chapa de Bruno Covas, por meio de uma aliança articulada pelo ex-governador João Doria. Nunes assumiu a prefeitura em 2021, após a morte de Covas em decorrência de complicações do câncer na transição esôfago-gástrica.