Furacão Milton perde força ao atravessar a Flórida, mas deixa rastro de destruição
Meteorologistas haviam alertado sobre o potencial de destruição de Milton, que poderia danificar edificações, derrubar árvores e causar inundações com a elevação do nível do mar em até 4,5 metros.
Furacão Milton perde força ao atravessar a Flórida, mas deixa rastro de destruição
A chegada do furacão Milton à Flórida, nos Estados Unidos, provocou apagões e inundações na costa oeste do estado entre a noite da última quarta-feira (09) e a madrugada desta quinta-feira (10). Embora o furacão tenha perdido intensidade ao se deslocar pelo continente, os riscos permanecem significativos.
Meteorologistas haviam alertado sobre o potencial de destruição de Milton, que poderia danificar edificações, derrubar árvores e causar inundações com a elevação do nível do mar em até 4,5 metros. Quando o furacão atingiu a terra por volta das 21h30, os ventos alcançaram 205 km/h, mas reduziram gradualmente para 145 km/h até as 2h da madrugada.
Neste cenário, mais de 2 milhões de residências ficaram sem energia elétrica e áreas como Fort Meyers enfrentaram alagamentos severos. Antes de tocar o solo, Milton já havia causado destruição com pelo menos 19 tornados, que danificaram 125 imóveis.
O olho do furacão passou pela Baía de Tampa, lar de mais de 3 milhões de pessoas, e as evacuações em massa transformaram as cidades em locais desertos, com congestionamentos e escassez de combustível nos postos.
Os moradores correram para estocar água e alimentos, esvaziando as prateleiras dos supermercados. Brasileiros residentes na região também relataram dificuldades para garantir proteção.
O presidente Joe Biden destacou a gravidade da situação, enviando equipes federais para ajudar nos esforços de emergência, enquanto o governador Ron DeSantis pediu que os moradores buscassem abrigo e permanecessem seguros.
Furacão Milton pode custar bilhões de dólares em danos
O fenômeno da natureza que está preocupando a população norte-americana não trouxe “apenas” ventos fortes, chuvas intensas e inundações Ele também está projetado para causar “várias dezenas de bilhões de dólares” em danos nos Estados Unidos.
As estimativas são de Adam Smith, climatologista da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), que destaca que os impactos dos furacões Helene e Milton devem gerar custos significativos, somando-se aos desastres climáticos extremos de 2024.
Até agora, o número de desastres de bilhões de dólares já se aproxima de 23 ou 24 neste ano, o que deve aumentar com a inclusão dessas tempestades.
A Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA) já recebeu US$ 20 bilhões para resposta e recuperação, mas a administradora da agência, Deanne Criswell, alerta que será necessário mais financiamento até o final do ano para continuar os esforços de reconstrução.