Em agosto, os brasileiros retiraram R$ 398 milhões da caderneta de poupança, marcando o segundo mês consecutivo de saques líquidos. No acumulado de 2024, a retirada líquida da poupança alcançou R$ 4,099 bilhões. Com apenas três meses apresentando depósitos líquidos até agora, a situação revela um padrão de comportamento financeiro mais cauteloso entre os poupadores.

O Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) sofreu um saldo negativo significativo em agosto, registrando um déficit de R$ 1,288 bilhão. Em contraste, a poupança rural apresentou um desempenho mais positivo, com depósitos líquidos de R$ 890,4 milhões. Este contraste destaca a variação na confiança dos investidores entre diferentes segmentos da poupança e pode indicar uma mudança nas preferências dos poupadores.

Atualmente, a rentabilidade da poupança é composta pela taxa referencial (TR) mais uma remuneração fixa de 0,5% ao mês. Este cálculo se aplica enquanto a taxa Selic estiver acima de 8,5% ao ano. Atualmente, a taxa Selic está fixada em 10,50% ao ano. A fórmula vigente pode ser alterada dependendo das decisões futuras do Banco Central, impactando diretamente a atratividade da poupança para os investidores.

O Banco Central está agendado para se reunir nos dias 17 e 18 de setembro para discutir a taxa Selic. Esta reunião é de grande importância, pois qualquer alteração na taxa pode afetar diretamente a rentabilidade da poupança e, consequentemente, influenciar os padrões de saque e depósito. A expectativa é que o mercado esteja atento às possíveis mudanças, que podem oferecer novas oportunidades ou desafios para os investidores.