Fundador e CEO global do Nubank vende 3% da sua participação no banco
Após a divulgação do balanço do Nubank (ROXO34), o CEO global e fundador David Vélez vendeu 31 milhões de ações Classe A da empresa, negociadas na Bolsa americana. A quantidade de ações vendidas representa cerca de 3% da participação que Vélez possui no banco. Dessa forma, o valor da venda corresponde a aproximadamente 20% do […]

Após a divulgação do balanço do Nubank (ROXO34), o CEO global e fundador David Vélez vendeu 31 milhões de ações Classe A da empresa, negociadas na Bolsa americana. A quantidade de ações vendidas representa cerca de 3% da participação que Vélez possui no banco.
Dessa forma, o valor da venda corresponde a aproximadamente 20% do capital total da companhia, sendo 75% dessas ações com direito a voto. Segundo comunicado do Nubank, a venda foi realizada como parte de um “planejamento patrimonial”.
Vale destacar que o CEO já havia vendido cerca de 25 milhões de ações em agosto do ano passado, logo após a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2023.
Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank, também efetuou vendas de ações, justificadas por motivos de “gestão patrimonial pessoal e liquidez”.
Resultados do Nubank no 2T24
O Nubank divulgou seu balanço de resultados do segundo trimestre de 2024 (2T24), onde registrou um lucro líquido ajustado de US$ 562,5 milhões, um aumento expressivo de 114% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Com esse resultado, a fintech superou as expectativas do mercado mais uma vez, ultrapassando a projeção de US$ 472,5 milhões feita por analistas, conforme dados compilados pela LSEG. As receitas também atingiram um novo patamar, alcançando US$ 2,8 bilhões, o que representa um crescimento de 65%.
“Esse desempenho ressalta a capacidade única da empresa de expandir consistentemente sua base de clientes ativos, ao mesmo tempo em que acelera o crescimento da receita e da rentabilidade”, destacou a companhia.
Sobre as despesas com provisão para perda de crédito, foi observado um crescimento de R$ 590 milhões no ano passado para R$ 759 milhões neste trimestre. O Nubank explicou que o aumento das provisões se deve ao crescimento do portfólio de crédito, seguindo a metodologia de perdas esperadas do IFRS 9.
Já o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) da fintech chegou a 28%, superando os 23% registrados no ano passado e ultrapassando a rentabilidade do Itaú (ITUB4), que foi de 22,4% no mesmo período.
No comunicado, o Nubank ressaltou que continua alcançando altos níveis de lucratividade e eficiência, mesmo mantendo um capital excedente significativo de US$ 2,4 bilhões a nível da holding.
A fintech também afirmou que segue investindo no desenvolvimento de novos produtos e na expansão geográfica, identificando um enorme potencial para continuar construindo a maior plataforma de consumo da América Latina.
“Nossos resultados do segundo trimestre de 2024 reafirmam a força do nosso modelo de negócios, a eficiência da nossa execução e a resiliência da nossa concessão de crédito”, afirmou David Vélez, fundador e CEO do Nubank.
No trimestre, o Nubank adicionou 5,2 milhões de novos clientes, totalizando 20,8 milhões de novos clientes em comparação ao ano anterior, e atingiu a marca de 104,5 milhões de clientes.
“Isso reforça a posição do Nubank como uma das plataformas digitais de serviços financeiros com o crescimento mais acelerado do mundo, além de ser a quarta maior instituição financeira da América Latina em número de clientes”, disse a empresa.
No México, o Nubank adicionou 1,2 milhão de novos clientes no trimestre, alcançando um total de 7,8 milhões ao final do período.
“Esse sucesso valida a estratégia do Nubank de aumentar os rendimentos dos depósitos no México, impulsionando o crescimento e consolidando o Nubank como a principal plataforma digital financeira do país”, afirmou a fintech.
Além disso, o Nubank Colômbia superou a marca de 1 milhão de clientes, encerrando o trimestre com quase 1,3 milhão de clientes após o lançamento do produto Cuenta.