O Ibovespa encerrou esta quarta-feira (07) com uma alta de 0,99%, aos 127.513,88 pontos, marcando o segundo dia consecutivo de valorização e o segundo pregão positivo de agosto.

No entanto, o mês ainda continua no vermelho, acumulando uma queda de 0,11% no período. Vale destacar que esse desempenho reflete uma recuperação após a segunda-feira (05) caótica para os mercados globais, indicando que os ânimos estão se estabilizando. 

O dólar comercial apresentou seu segundo dia consecutivo de queda, recuando 0,55% e fechando a R$ 5,62. Já os juros futuros seguiram a tendência e recuaram ao longo de toda a curva.

O vice-presidente do Banco do Japão (BoJ), Shinichi Uchida, afirmou que o banco central não elevará os juros enquanto os mercados estiverem instáveis, diminuindo a probabilidade de um aumento de curto prazo nas taxas de empréstimos.

Os comentários de Uchida surgem após sinais na semana passada de possíveis aumentos nas taxas de juros, o que alguns operadores apontaram como causa de uma grande reversão nas operações de “carry trade” com o iene.

No cenário global, a preocupação com a recessão está diminuindo. Em entrevista à CNBC, Vincent Clerc, CEO da Maersk, gigante do transporte marítimo, refutou a possibilidade de recessão nos EUA. 

“Vimos nos últimos dois anos que o mercado de contêineres de transporte permaneceu surpreendentemente resiliente a todo o medo de recessão”, afirmou Clerc, acrescentando que a demanda por contêineres é geralmente um bom indicador da força macroeconômica subjacente”, disse.

Temporada de balanços e os impactos no Ibovespa

Em relação a divulgação dos balanços, alguns números foram importantes entre o fechamento de ontem e a abertura de hoje. O Itaú Unibanco (ITUB4), por exemplo, oscilou nesta quarta-feira, ficando boa parte do tempo no negativo, mas fechou com uma alta de 0,27%. 

Já o Banco do Brasil (BBAS3) finaliza a temporada de balanço dos grandes bancos hoje à noite, com expectativa de mais um resultado forte no segundo trimestre de 2024. A ação caiu 1,31%. Enquanto isso, o Bradesco (BBDC4) registrou a sexta alta consecutiva, subindo 0,21%, ainda impulsionado pelo balanço divulgado.

Entre as empresas que divulgaram seus números, alguns nomes se destacaram. A PRIO (PRIO3) subiu 4,21%, com resultados acima das expectativas. 

Apesar disso, o grande destaque do dia foi a Movida (MOVI3), que acelerou incríveis 16,83%, com números considerados fortes pelos analistas, baseados no aumento de tarifas. A performance ajudou a Localiza (RENT3), que também apresentou uma forte alta de 9,00%, sendo uma das mais negociadas do dia.

Dessa maneira, nem mesmo as quedas das gigantes Vale (VALE3), com uma perda de 0,19%, e Petrobras (PETR4), com uma queda de 0,14%, foram suficientes para derrubar o Ibovespa. Vale lembrar que na próxima sexta-feira (09), será divulgado o IPCA de julho.

Maiores altas do Ibovespa nesta quarta-feira

AtivoTickerValorizaçãoValor por ação
CVC CVCB3+0,171,88
Localiza RENT3+4,0148,55
GPAPCAR3+0,243,09
Ultrapar UGPA3+1,7723,89
Magazine Luiza MGLU3+0,8912,19
Lwsa LWSA3+0,284,62
MRV MRVE3+0,386,75

Maiores quedas do Ibovespa nesta quarta-feira

AtivoTickerValorizaçãoValor por ação
WEGWEGE3-0,6548,32
BBBBAS3-0,3526,30
SantanderSANB11-0,2228,17
KlabinKLBN110,1520,61
Embraer EMBR3-0,2738,13
UsiminasUSIM5-0,045,73
Met. GerdauGOAU4-0,069,96