A XP revisou suas projeções para o Ibovespa com a chegada do mês de agosto, destacando uma melhora no sentimento do mercado durante julho. No relatório, a casa aumentou seu preço justo para o índice de 145 mil para 147 mil pontos, refletindo uma perspectiva mais otimista.

Nesse cenário, os analistas observaram que o Ibovespa teve um crescimento de 3% em reais e 1,60% em dólares no mês passado, superando a maioria dos índices globais de ações que encerraram julho em território negativo. 

Além disso, o relatório menciona que setores defensivos, como Saneamento, Bens de Capital e Transporte, continuaram a ter um desempenho superior em relação aos setores cíclicos. No entanto, o setor de Papel e Celulose apresentou uma performance fraca.

A análise quantitativa da XP mostra que o índice está atualmente em níveis neutro/pessimistas, embora tenha mostrado uma melhora em comparação com os níveis extremamente negativos registrados em junho.

Os analistas da XP destacam no relatório que “apesar das recentes melhorias no cenário econômico global, especialmente em relação às taxas de juros dos EUA, a perspectiva doméstica permanece desafiadora. A combinação de incertezas sobre a política fiscal, a depreciação do real e taxas de juros domésticas ainda altas continuam a pressionar negativamente o sentimento”, afirmam.

Em contrapartida, a corretora destaca em julho o retorno do fluxo estrangeiro ao índice Bovespa pela primeira vez desde dezembro de 2023. A casa atribui isso aos preços baixos dos ativos brasileiros e aos problemas recentes enfrentados por outros países emergentes, que passaram a atrair a atenção dos investidores globais.

Concluindo, os analistas da XP recomendam uma abordagem cautelosa neste momento. Eles notam uma deterioração no sentimento do mercado nas últimas semanas, o que sugere que os preços dos ativos podem continuar a enfrentar pressão, apesar dos fundamentos positivos.

“Apesar das recentes melhorias no cenário econômico global, especialmente em relação às taxas de juros dos EUA, a perspectiva doméstica continua desafiadora. As incertezas sobre a política fiscal, a depreciação do real e as altas taxas de juros internas ainda pressionam negativamente o sentimento”, finalizam os analistas da XP sobre o Ibovespa em agosto.