O cenário para o setor de Mineração e Siderurgia no 2T24 é caracterizado por desafios contínuos. De acordo com a XP, as mineradoras de ferro devem registrar resultados relativamente melhores, impulsionados por volumes sazonais mais elevados e preços resilientes. Apesar disso, a pressão persistente sobre os custos e o ambiente global desafiador continuam a impactar o setor.

Para as siderúrgicas, a situação é mais complexa. As expectativas são de que o setor enfrente resultados negativos significativos, com algumas das principais empresas apresentando desempenhos aquém das expectativas. A XP e o Itaú BBA destacam que, embora as mineradoras se beneficiem de um cenário mais favorável, as siderúrgicas devem enfrentar uma pressão maior nos resultados devido a fatores como aumento dos custos e redução da demanda.

Desempenho esperado para Gerdau (GGBR4)

A Gerdau (GGBR4) é uma das empresas que deve enfrentar um trimestre desafiador. Segundo a XP, a receita da Gerdau deve aumentar 8% no 2T24, alcançando R$ 17,5 bilhões. No entanto, o Ebitda projetado deve cair 3% em relação ao 2T23, totalizando cerca de R$ 2,7 bilhões. Esse cenário é resultado da pressão dos custos, principalmente devido ao aumento dos preços do carvão.

Enquanto a XP prevê estabilidade nos volumes de vendas e preços no Brasil, a divisão da América do Norte deve demonstrar um desempenho mais resiliente, tanto em termos de volumes quanto de rentabilidade. Por outro lado, o BBA projeta uma queda de 7% no Ebitda trimestralmente, destacando as margens mais fracas na América do Norte e o aumento dos custos no Brasil como fatores negativos significativos.

 Expectativas para Usiminas (USIM5)

Usiminas (USIM5), que divulgará seus resultados no dia 26 de julho, enfrenta expectativas mistas. A XP projeta um Ebitda de R$ 478 milhões, com um aumento de 15% em relação ao trimestre anterior. A XP ressalta a importância das indicações sobre redução de custos para o terceiro trimestre.

Em contraste, o BBA espera um Ebitda de R$ 410 milhões, com uma queda de 1% no trimestre. A previsão de resultados mais fracos na divisão do aço e um impacto negativo na divisão de mineração são destacados como fatores que podem influenciar negativamente o desempenho da empresa.

Desempenho da CSN (CSNA3)

Para a CSN (CSNA3), as expectativas são mais positivas. De acordo com a XP, a empresa deve apresentar resultados sólidos, com uma receita estimada em R$ 10,8 bilhões e um Ebitda de R$ 2,4 bilhões. A XP espera que as operações de mineração da CSN impactem positivamente os resultados gerais, enquanto a divisão siderúrgica deve manter uma rentabilidade estável, mesmo em um ambiente de preços desafiador.

Resultados esperados para CSN Mineração (CMIN3) no 2T24

A CSN Mineração (CMIN3) deve ter um desempenho notável, segundo a XP. O Ebitda da empresa é projetado em R$ 1,5 bilhões, com um aumento de 35% em relação ao trimestre anterior e de 38% em comparação ao mesmo período do ano passado. Este crescimento é atribuído a maiores volumes de vendas e custos reduzidos. O BBA também é otimista, projetando um aumento de 34% no Ebitda, com destaque para maiores volumes e custos levemente menores.

Expectativas para Companhia Brasileira de Alumínio (CBA [CBAV3])

A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA [CBAV3]) está prevista para registrar um desempenho positivo. O BBA projeta um Ebitda de R$ 320 milhões, com um aumento de R$ 174 milhões em relação ao trimestre anterior, impulsionado pela alta dos preços de alumínio e pela depreciação do real. A XP, por sua vez, prevê um Ebitda de R$ 339 milhões, representando um crescimento de 132% em relação ao trimestre anterior e de 358% em relação ao ano passado. As expectativas positivas são atribuídas ao desempenho robusto no setor de alumínio e resultados mistos na divisão de níquel e energia.