O fundo imobiliário Rio Bravo Renda Varejo (RBVA11) apresentou uma proposta para fazer a aquisição dos sete imóveis educacionais que compõem o portfólio do Rio Bravo Renda Educacional (RBED11).

A transação, que totaliza R$ 367,65 milhões, equivale ao valor correspondente ao patrimônio dos ativos. No entanto, apenas 3% do pagamento deve ser realizado em dinheiro, enquanto 97% dele será compensado com a participação do fundo vendedor em uma emissão de cotas do comprador.

Logo, o objetivo é que o RBED11 aliene os ativos, mas continue exposto a eles ao virar cotista do RBVA11, cuja base é de mais de 60 mil investidores.

Vale destacar que a proposta compreende o pagamento de R$ 367.650.000,00 por sete ativos, com valor patrimonial referente à data-base de 31 de maio, totalizando uma área bruta locável (ABL) superior a 100 mil metros quadrados.

Além disso, a subscrição das cotas do Rio Bravo Varejo pelo Rio Bravo Renda Educacional requer aprovação em assembleia geral de cotistas do RBED11 devido a um conflito de interesses. O prazo para a votação é 23 de agosto de 2024 e, se aprovada, cada cota de RBED11 receberá 1,24 cota de RBVA11.

Vantagens da transação para os FIIs

A proposta ainda precisa ser aprovada pelos cotistas de ambos os FIIs em consultas formais já divulgadas. Entretanto, de acordo com a gestão, a transação oferece benefícios para ambas as partes.

Conforme a Rio Bravo, essa movimentação já era uma demanda tanto dos investidores quanto do mercado. “Fundos com maior diversificação, escala e liquidez tendem a ter uma melhor precificação, por isso consideramos que essa consolidação é muito positiva para a precificação dos dois FIIs”, afirma a proposta.

Para o RBED11, as principais vantagens incluem o ganho de capital proveniente da venda dos ativos e o aumento da diversificação de segmentos e locatários através do portfólio do outro fundo.

Para o RBVA11, a aquisição permitirá a entrada em novos segmentos e praças de atuação. O fundo também espera alcançar maior resiliência de renda, “com aumento da receita recorrente, maior participação de contratos atípicos e redução da vacância física”, explicou a gestão.