A China e a Rússia estão intensificando esforços para expandir o Brics, um bloco econômico que visa contrabalançar o domínio econômico do Ocidente. Recentemente, o presidente chinês Xi Jinping expressou seu apoio fervoroso à adesão do Cazaquistão ao grupo. Esta movimentação estratégica visa fortalecer a presença do Brics em um cenário global cada vez mais multipolar.

Durante sua visita ao Cazaquistão, Xi Jinping se encontrou com o presidente Kassym-Jomart Tokayev para discutir uma ampla gama de acordos bilaterais. Entre eles, destacam-se os compromissos de aumentar significativamente o comércio bilateral e aprofundar a cooperação na indústria de energia. Em particular, foram discutidos planos para expandir a colaboração na exploração, extração e processamento de petróleo e gás, setores vitais para ambas as economias.

As exportações de energia do Cazaquistão para a China têm sido um componente crucial nas relações comerciais entre os dois países. Em 2023, o petróleo bruto e os gases de petróleo representaram a maior parte das exportações do Cazaquistão para a China, totalizando aproximadamente 3,8 bilhões e 1,5 bilhão de dólares, respectivamente. Esses números refletem a interdependência crescente entre as duas nações no setor energético, fundamental para o crescimento econômico mútuo.

Criado inicialmente como um grupo informal em 2009, o Brics foi uma iniciativa para promover a cooperação econômica entre Brasil, Rússia, Índia, China e, posteriormente, a África do Sul. Ao longo dos anos, o Brics evoluiu, expandindo seu escopo e atraindo interesse de outras nações em aderir ao grupo. Embora propostas recentes tenham sido feitas para incluir países como Arábia Saudita e Irã, o processo de expansão continua sendo um tema de debate entre os membros existentes.