O Conselho de Administração da XP Inc. (XPBR31) aprovou um novo programa de recompra de ações, conforme anunciado pela companhia nesta quinta-feira (23).

Com isso, a XP está autorizada a recomprar, em dólares, até o valor total equivalente a R$1 bilhão de suas ações ordinárias Classe A, que são negociadas na Nasdaq. As recompras podem ser feitas no mercado aberto, com base nos preços de mercado vigentes, ou em transações privadas.

O programa de recompra começa hoje (23) e continua até o término da recompra ou 31 de dezembro de 2024, o que ocorrer primeiro, dependendo das condições de mercado.

“O conselho de administração da XP revisará periodicamente o programa de recompra e poderá autorizar ajustes em seus termos e tamanho, ou suspender ou descontinuar o programa de recompra”, afirmou a empresa em comunicado.

A XP planeja usar seu caixa existente para financiar as recompras realizadas sob este novo programa.

Importante destacar que o programa de recompra não obriga a XP a adquirir um número específico de ações em qualquer período, e pode ser expandido, estendido, modificado ou descontinuado a qualquer momento.

Lucro da XP (XPBR31) chega a R$1,03 bilhão no 1T24

A XP Inc. superou novamente a marca de R$1 bilhão de lucro trimestral, registrando um resultado positivo de R$1,03 bilhão entre janeiro e março de 2024 (1T24). Isso representa um avanço de 29% em comparação com o 1T23 e é um recorde para um primeiro trimestre.

O lucro antes de impostos (EBT) também foi recorde para um primeiro trimestre, saltando 33% em relação ao mesmo período de 2023, para R$1,08 bilhão. Com isso, a margem EBT subiu 0,9 ponto percentual ano contra ano – de 26% para 26,9% – como consequência da gestão de despesas.

A receita líquida atingiu R$4,05 bilhões, com um avanço anual de 29%, enquanto a receita bruta foi de R$4,27 bilhões, um aumento de 28% em relação ao 1T23.

No 1T24, a captação líquida foi de R$15 bilhões, com a captação líquida do varejo somando R$13 bilhões, 7% superior ao trimestre anterior. O número de clientes ativos cresceu 16% na base anual e 1% trimestre a trimestre, totalizando 4,5 milhões nos primeiros três meses deste ano.

Já as despesas administrativas gerais aumentaram 36%, alcançando R$1,4 bilhão. O índice de eficiência, que mede a relação entre as despesas administrativas, de vendas e gerais e a receita líquida, foi de 36,5% nos últimos doze meses, comparado a 40,4% um ano antes. Esse índice está próximo dos menores patamares desde o IPO, destacando o foco da XP na disciplina de custos.