XP lança FII de renda urbana com ativos do GPA, Grupo Mateus e BRF
Fundo estreia com contratos de longo prazo e operação de R$ 771 milhões.
Divulgação GPA
A XP Asset deu início à sua atuação no segmento de fundos imobiliários (FIIs) de renda urbana com o lançamento do XP Renda Imobiliária, novo FII que estreia com um portfólio robusto de ativos já locados a grandes empresas brasileiras.
O fundo reúne dez imóveis alugados ao Grupo Pão de Açúcar (GPA) e ao Grupo Mateus, além de um galpão refrigerado da BRF. A operação pode movimentar cerca de R$ 771 milhões, consolidando o primeiro passo da gestora em um mercado voltado à previsibilidade de receitas de contratos de longo prazo.
Parte desses ativos era do FII Guardian Real Estate (GARE11), que permanecerá com 15% de participação no novo fundo e poderá se beneficiar caso os imóveis sejam revendidos ao final do prazo de cinco anos.
Segundo Felipe Teatini, gestor da XP Asset, o desafio não foi apenas estruturar o fundo, mas encontrar um portfólio com resiliência e solidez.
“Conseguimos acessar imóveis maduros, com locatários de alta qualidade, enquanto o GARE11 reciclou capital e gerou lucro distribuível. A ideia é transformar esse fundo em protagonista da indústria, assim como o XP Malls no setor de shoppings e o XPLog na logística”, afirma.
O perfil dos contratos foi outro atrativo. De acordo com José Lovro, membro da equipe de gestão de FIIs da XP, as cláusulas dão segurança adicional ao investidor.
“São contratos atípicos e muito fortes para o locador. Se o inquilino decide sair, precisa arcar com quase todo o fluxo pendente, o que reduz significativamente o risco de inadimplência”, explica.
Sinergia com outro FII da XP
O XP Renda Imobiliária contará com a estrutura já existente da XP Asset para gestão e acompanhamento dos ativos. A equipe inclui engenheiros e profissionais de controladoria especializados em fundos imobiliários.
“Esses imóveis, na prática, são galpões adaptados. Vamos utilizar nosso braço de engenharia para monitorar de perto a operação e garantir eficiência”, completa Teatini.
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