A Valid (VLID3), empresa de sistemas de identificação, pagamentos e conectividade, anunciou, na última terça-feira (21), a abertura de um novo programa de recompra de ações ordinárias de sua própria emissão. 

Com esta movimentação, o objetivo da companhia é adquirir até 2.000.000 de ações ordinárias, representando aproximadamente 2,57% das ações em circulação da companhia.

De acordo com a Valid, o programa visa atender às obrigações relacionadas ao Plano de Incentivo de Longo Prazo direcionado aos seus profissionais e aos de suas subsidiárias, sem reduzir o capital social da companhia.

Detalhes da Recompra da Valid (VLID3)

  • Quantidade máxima autorizada: Até 2.000.000 de ações ordinárias, correspondentes a cerca de 2,57% das ações em circulação.
  • Prazo de vigência: O programa terá duração máxima de 18 meses, com início em 27 de maio de 2024 e término em 26 de novembro de 2025.
  • Ações em circulação: Atualmente, a Valid possui 77.962.391 ações ordinárias em circulação e 1.415.104 ações em tesouraria.
  • Intermediária Financeira: BTG Pactual.

Desempenho da Valid (VLID3) no 1T24

A Valid registrou um lucro líquido de R$147,8 milhões no primeiro trimestre de 2024, um aumento de 148,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse resultado foi fortemente influenciado pela venda de uma participação minoritária que a empresa possuía na Cubic, uma empresa irlandesa de “internet das coisas” (IoT).

A negociação da venda, anunciada em dezembro do ano passado, foi concluída no primeiro semestre de 2024 e envolveu um montante de 32 milhões de euros, pagos pelo conglomerado japonês SoftBank. A transação contribuiu com cerca de R$137 milhões para o lucro do primeiro trimestre.

Por sua vez, a receita líquida da Valid nos primeiros três meses de 2024 foi de R$484 milhões, representando uma queda de 8% em comparação com o mesmo período do ano anterior. 

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) foi de R$116 milhões, 19% menor do que o registrado um ano antes. Já a margem Ebitda caiu de 27,1% para 24%.

Segundo a Valid, a principal responsável pela queda no faturamento foi a vertical de mobile, que viu suas receitas caírem de R$156 milhões no primeiro trimestre de 2023 para R$99 milhões no mesmo período de 2024.