O Instituto Ibero-Americano da Empresa tomou uma medida nesta quinta-feira (25) ao iniciar um processo de arbitragem contra a gigante varejista Americanas (AMER3) e seus principais acionistas, os bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira. O pedido, que foi protocolado na renomada Câmara de Arbitragem do Mercado da B3, visa uma condenação que pode chegar a surpreendentes R$ 20 bilhões.

O processo, agora em curso, surge em meio a acusações graves. Nesse sentido, incluem a violação de deveres fiduciários e prejuízos significativos relacionados ao preço das ações da Americanas. A decisão do Instituto de buscar justiça por meio da arbitragem representa um passo importante em sua missão de garantir a proteção dos interesses dos acionistas minoritários.

Alegações e busca por indenizações

Além das alegações de violação de deveres fiduciários, o Instituto também está buscando compensações substanciais. Por exemplo, por supostos danos causados no contexto da combinação de negócios entre a Lasa e a B2W. Adicionalmente, há a intenção de responsabilizar os acionistas de referência pelos danos sofridos pela Americanas devido à fraude em sua contabilidade.

Escala do Processo de arbitragem contra a Americanas e valor das ações

A dimensão do processo é notável, uma vez que o Instituto mobilizou cerca de 500 investidores para se unirem na busca por justiça. O presidente do Instituto, Eduardo Silva, destacou algo importante. Ele ressaltou a queda drástica no valor das ações da Americanas desde a revelação das inconsistências contábeis em seu balanço, enfatizando, então, a necessidade de indenização diante dos prejuízos sofridos pelos investidores.

Este caso não é isolado. Faz parte de uma série de ações movidas pelo Instituto, que incluem empresas proeminentes como Oi, Natura, CVC e IRB. Em todos esses casos, a entidade busca garantir o ressarcimento de prejuízos para os acionistas minoritários. Isso reforça seu compromisso com a transparência e a integridade corporativa.

Este processo de arbitragem promete ser um marco significativo na relação entre investidores minoritários e empresas de capital aberto. Destaca-se, assim, a importância da responsabilidade corporativa e do cumprimento rigoroso dos deveres fiduciários por parte dos administradores. Americanas e seus acionistas agora enfrentam um desafio jurídico de proporções notáveis, que certamente atrairá a atenção dos mercados financeiros e da comunidade empresarial como um todo.