Na temporada de balanço do primeiro trimestre de 2024 (1T24), o setor bancário geralmente enfrenta uma atividade mais branda, influenciada por feriados como o Carnaval e outros fatores sazonais.

Os analistas da XP Investimentos, Bernardo Guttmann, Matheus Guimarães e Rafael Nobre destacam que, apesar desse período ser historicamente mais lento, a estratégia de aumentar a participação na carteira de clientes continua válida. Essa abordagem impulsionou o crescimento de algumas marcas no setor, entre elas a research destaca o Nubank (ROXO34).

Otimistas em relação ao próximo trimestre do Nubank, os analistas da XP estão prevendo mais um período de resultados positivos para a empresa. Eles estimam uma receita de US$2,6 bilhões (cerca de R$13,34 bilhões na cotação atual), o que representa um aumento de 63% em comparação com o mesmo período do ano anterior e 10% em relação ao trimestre anterior (4T23).

Apesar de esperarem um aumento nas perdas de crédito e nas despesas com juros, a XP projeta que o lucro bruto do Nubank cresça 9% no trimestre, alcançando US$1,2 bilhão (R$6,16 bilhões).

“Assumindo uma taxa de imposto de renda fixa em relação ao trimestre anterior (em 35,5%), o resultado final deve ficar ligeiramente acima de US$404 milhões (+12% no trimestre),” dizem os analistas.

Sendo assim, a avaliação destaca o crescimento saudável contínuo do Nubank, porém observa uma desaceleração marginal no crescimento dos lucros no último trimestre. O relatório sugere que mais informações sobre outros motores de crescimento, como o mercado mexicano e os empréstimos consignados, são necessárias para recuperar a confiança na elevada taxa de crescimento nos próximos trimestres.

Diante desse cenário, a recomendação da XP para as ações da Nubank (ROXO34) permanece neutra, com um preço-alvo de R$7,20 por papel. No fechamento do mercado, os BDRs da Nubank estavam cotados a R$9,30, com alta de 3,19% no dia.