PagBank (PAGS) é vista pela XP como preferida em meios de pagamento
Com uma competição potencialmente menos intensa e a redução das taxas de juros, as empresas de meios de pagamento estão posicionadas para se beneficiar no curto prazo. Levando em conta esse cenário otimista, a XP Investimentos iniciou a cobertura do setor, recomendando a compra da PagBank (PAGS) e mantendo uma postura neutra em relação à […]

Com uma competição potencialmente menos intensa e a redução das taxas de juros, as empresas de meios de pagamento estão posicionadas para se beneficiar no curto prazo. Levando em conta esse cenário otimista, a XP Investimentos iniciou a cobertura do setor, recomendando a compra da PagBank (PAGS) e mantendo uma postura neutra em relação à Stone (STNE), ambas listadas na Bolsa de Nova York e com BDRs disponíveis na Bolsa brasileira.
Para a PagBank (antiga PagSeguro), a XP estabeleceu um preço-alvo de US$19, refletindo um potencial de valorização de 38%. Atualmente, a empresa possui um múltiplo P/L (relação entre preço e lucro) de 8,2 vezes. Já para a Stone, o preço-alvo é o mesmo, mas o potencial de valorização é um pouco menor, de 17%, com a empresa apresentando um múltiplo P/L de 11,3 vezes.
Nos últimos 12 meses, as ações da PagBank acumularam um aumento de 78,8%, enquanto as da Stone tiveram um aumento de 92%. Os analistas da XP atribuem essa valorização a um cenário mais promissor no horizonte, destacando também que ambas as empresas estão bem posicionadas para expandir suas operações bancárias, oferecendo serviços como crédito integrado em seus negócios.
Segundo o relatório de início da cobertura, “apesar de ser um setor com desafios estruturais, especialmente em termos de competição, que historicamente tem diminuído o valor das empresas, a XP acredita que o canal de vendas originado da adquirência tem potencial de criar valor nos próximos anos para as empresas que capazes de atender bem a nichos mais lucrativos”.
Para maximizar a lucratividade, será essencial ampliar a gama de serviços oferecidos, indo além do simples aluguel das máquinas, incluindo também a oferta de crédito e a implementação de sistemas integrados nos estabelecimentos.
O cenário foi ajustado para a PagBank.
De acordo com a análise, a Oferta Pública de Aquisição (OPA) da Cielo (CIEL3) não altera significativamente o panorama competitivo do setor, e o período de maior competição que impactou a rentabilidade parece ter ficado para trás.
No modelo desenvolvido pela XP, a PagBank surge como a principal beneficiária do cenário de redução das taxas de juros e da diminuição da inadimplência. Enquanto isso, a Stone parece já ter absorvido em seu preço a maior parte dos efeitos positivos relacionados ao crédito.
Ademais, a XP observa que o PagBank tem se destacado na oferta de serviços de pagamento e bancários, além de apresentar uma abordagem eficiente com pequenos comerciantes e enfrentar menos concorrência no segmento de Microempreendedores Individuais (MEIs), enquanto mantém um múltiplo mais atrativo.
“Acreditamos que uma execução sólida e o crescimento da carteira de crédito podem resultar em revisões positivas nas projeções de lucro. Além disso, prevemos que o atual ambiente de redução da taxa Selic beneficie ainda mais o PagBank.”
Recomendação da Stone é neutra
Em relação à Stone, cuja recomendação é neutra, os analistas destacaram a eficácia da rede de distribuição da empresa, sua agilidade no atendimento ao cliente e uma plataforma comercial abrangente que oferece diversos produtos financeiros integrados a soluções de software.
Embora a empresa tenha enfrentado desafios com inadimplência elevada em seu modelo de concessão de crédito, recentemente reestruturado, a XP acredita que agora ela está em uma posição mais favorável para expandir essa linha de negócios.
“No entanto, ainda não está claro para nós se a empresa será capaz de competir de forma significativa em um mercado dominado por bancos. Além disso, a Stone está em processo de integração de pagamentos e serviços bancários em uma única solução, embora ainda não tenha alcançado resultados expressivos nessa área”, avaliaram os analistas.