A aviação comercial enfrenta um desafio de magnitude global: a redução das emissões de carbono para cumprir as metas de neutralidade até 2050, estabelecidas pela Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA). Nesse cenário, o Combustível de Aviação Sustentável (SAF) emerge como uma alternativa viável e promissora. Produzido a partir de fontes renováveis, como o etanol de segunda geração, o SAF apresenta-se como uma solução crucial para mitigar o impacto ambiental da aviação.

No entanto, apesar de seu potencial, o SAF enfrenta obstáculos significativos. Um deles é o alto custo em comparação com o querosene de aviação convencional. Na Europa, por exemplo, onde o mercado de SAF está mais desenvolvido, o custo pode ser até quatro vezes maior. Além disso, a escassez de fornecedores e a falta de infraestrutura adequada também dificultam sua adoção em larga escala.

Diante desse panorama, empresas como a Raízen têm desempenhado um papel fundamental ao investir na produção de SAF a partir de fontes renováveis. Por meio de tecnologias inovadoras e processos sustentáveis, buscam tornar o combustível verde mais acessível e competitivo. Paralelamente, propostas de regulamentação, como o projeto de lei “combustível do futuro”, estão em discussão para impulsionar o uso de SAF no Brasil e em outros países.

A implementação de medidas governamentais adequadas, incluindo subsídios e incentivos fiscais, é crucial para viabilizar a transição para o SAF. Além disso, o investimento contínuo em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias é essencial para superar os desafios técnicos e logísticos associados à produção e distribuição do combustível sustentável.